Com curiosidade, aquele menino acompanhava os detalhes toda vez que sua mãe preparava um bolo.
Certo dia, ele mesmo se dispôs e fez um.
Demonstrou, de imediato, suas habilidades. Não tardou para que passasse a confeccionar bolos e vendê-los, colaborando na renda familiar.
Logo mais, demonstrou sua criatividade, criando novas receitas.
Anos depois, decidiu produzir uns sequilhos especiais, vendendo-os nas ruas da cidade.
Gostava de sair para vender porque conversava com os clientes e os ia conquistando de pouco em pouco. Era aguardado em vários locais com seu produto.
Acabou sendo apelidado de Menino de Ouro.
Percebendo o êxito das suas vendas, ele pensou em abrir seu próprio comércio.
E assim o fez. Hoje gerencia seu negócio, produzindo bolos e salgados que vende para a comunidade.
Como era conhecido por muitos pelo seu apelido, resolveu denominar seu empreendimento como Confeitaria Menino de Ouro.
Pode-se dizer que esse rapaz é um autodidata, uma pessoa que tem a capacidade de aprender algo sem ter um professor lhe ensinando ou ministrando aulas.
Por si mesmo, o indivíduo intui, busca e pesquisa o necessário para sua aprendizagem.
Essa facilidade em aprender e dominar determinado assunto é encontrada nas ciências e também nas artes.
Encontramos os que aprendem a tocar instrumentos, pintar quadros, compor ou esculpir sem nunca terem cursado uma única aula.
Em verdade, em todas as profissões encontramos esses autodidatas.
São mecânicos, carpinteiros, desenhistas, pedreiros, que aprendem por si mesmos e até se tornam mestres para outros.
* * *
Se considerarmos que a vida atual não é a nossa primeira mas sim uma de muitas outras que já vivemos, em épocas distintas, fácil nos será entender que trazemos em nossa bagagem espiritual tendências e habilidades.
São essas que se manifestam, por vezes, nos primeiros anos da infância. De outras, em certo momento, quando algo nos atrai a atenção e a vontade de realização.
Quando nos aproximamos de algo que já fizemos, que conquistamos anteriormente, temos o desabrochar em nós, de forma espontânea.
Daí as facilidades que encontramos em determinadas áreas do conhecimento e das práticas da vida.
Quando a bagagem que portamos nos traz a satisfação de realizá-la estaremos exercendo, com muito prazer, nossos predicados anteriormente desenvolvidos.
O saber e o amor são riquezas que nada, nem ninguém, nos pode arrebatar. São conquistas do Espírito imortal, que transita de uma para outra experiência de vida.
Por isso, sempre é tempo para nos dispormos a aprender, não importando a idade que tenhamos.
Conhecer mais, esmerar-se no aprendizado de um novo idioma, de uma diferente habilidade são conquistas que podemos realizar e que se constituirão em bagagem, jamais perdida.
Também nos esmerarmos em amar mais, perdoar mais, adquirirmos uma virtude, nos tornará melhores, desde agora.
Igualmente, estaremos acumulando algo que nos enriquecerá para a eternidade.
Redação do Momento Espírita,
com base em fato.
Em 21.3.2020.
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