O amor materno emociona e, em determinadas ocasiões, chega ao nível do sagrado.
Aconteceu, em Fortaleza, no Ceará, o fato de uma mãe, de apenas vinte e oito anos, dar à luz seu filho e entrar em coma, logo em seguida.
O bebê permaneceu sob cuidados intensivos por seis dias e depois foi transferido para uma Unidade semi-intensiva.
A mãe permanecia na U.T.I. Os médicos tentavam diminuir-lhe a sedação, mas isso causava outras reações e logo precisavam retornar às doses anteriores.
Ela abria os olhos, mas não respondia aos comandos.
Aplicavam estímulos de dor, e ela não reagia. Exames mostravam atividade cerebral, embora não reagisse a nada, nem mesmo à voz dos familiares.
Após vinte e três dias, a equipe do hospital decidiu colocar mãe e filho em contato físico.
Foi então que ao sentir o toque da pele do bebê, ela chorou.
É como se tivesse atendido a um chamado, um estímulo muito especial. Em menos de um mês, recebeu alta e pôde ir para casa com o filho, Victor Hugo.
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Filho é cheiro que acalma. É sorriso que faz chorar de alegria, é abraço que conforta.
Ser mãe é assumir, com Deus, o dom da vida, da doação e do amor incondicional.
O amor de mãe tem uma intensidade diferente de qualquer outro tipo de amor conhecido na Terra.
Filhos são para a mãe as âncoras de sua vida.
Trata-se, em verdade, de um grave compromisso o da maternidade.
Ao gerar um filho, a mulher está oferecendo uma nova chance para que um Espírito, por meio da reencarnação, possa progredir um tanto mais.
Um filho que nascerá, estará entre os homens e poderá ser um grande estadista, um artista, alguém que modifique o panorama do mundo.
Ou poderá ser, simplesmente, aquele que vem para aprender a viver em harmonia com seu semelhante, se tornar um cidadão honrado, um homem de bem.
Além dos laços físicos, existe, normalmente, um elo poderoso de ligação entre mães e filhos.
Esse elo pode ser decorrente de anteriores vivências exitosas, reforçado na atual gestação, através do contato tão estreito entre as vibrações da mãe e daquele que se aninha em sua intimidade.
Por tudo isso, se acrescentam responsabilidades. O coração maternal deve ser o expoente divino de toda compreensão espiritual e de todos os sacrifícios.
A missão materna resume-se em exemplificar aos seus filhos o amor de Deus, a sagrada essência da vida.
Jamais deve esquecer a mulher mãe que seus filhos, acima de tudo, são filhos de Deus.
Desde a infância deve prepará-los para o trabalho e para luta que os esperam.
Ensinará a tolerância mais pura, mas não esquecerá a energia quando necessária, no processo da educação.
Explicará que toda dor é respeitável, que todo trabalho edificante é divino, e que todo desperdício é falta grave.
Buscará junto à Mãe de Jesus o amparo para as horas de indecisão e de dor.
Mãe e filho, um elo, uma ligação que não se desfaz, nem mesmo com a morte.
Experiência que deixa marcas indissolúveis.
Amor materno é luz divina entre os seres humanos.
Redação do Momento Espírita, com base em notícia
veiculada no Jornal Tribuna do Ceará, de 5.10.2018.
Em 5.10.2019.
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