Será possível saber quem inventou o amor? Será que alguém inventou o amor?
Que ele existe, não podemos duvidar.
Seja o amor de mãe ou de pai, o amor de filho ou de amigo, o amor tem inúmeras maneiras de se expressar. E todos nós, de alguma forma, o sentimos, o damos e recebemos.
Mas de onde vem esse sentimento? Onde nasce essa ventura chamada amor?
Será que nos foi dado, como se fosse um dom? Ou será que surge como por acaso, espontaneamente?
Se acreditarmos que o amor apenas surge, espontâneo e sem esforço, ou que é obra do acaso, que diríamos do desamor, do mal querer?
Será que também por obra do acaso, passamos a não querer bem a alguém?
Não há sentimento que habite nossa alma que não seja fruto de nosso esforço e aprendizado pessoal.
Podemos dizer que o amor está em nós como a árvore está na semente.
A semente, sem ser provocada, estimulada, sem ambiente propício, será apenas semente.
No entanto, ser semente não tira dela a capacidade de se tornar arbusto ou árvore. Está lá seu potencial, esperando ser despertado pelo solo fértil, o sol, a rega, o adubo.
O amor é assim também. Temos em nós, na nossa natureza, uma imensa capacidade de amar.
Ao vermos uma simples bolota do carvalho, difícil entender que dali surgirá a árvore frondosa, sólida, de profundas raízes.
De igual forma, não imaginamos sermos capazes de amar além daqueles que já amamos.
Mas, trazemos em nossa intimidade esse extraordinário potencial de amar.
Para que cresça, é necessário estímulo, vontade, querer.
É necessário que tenhamos o propósito de aprender a amar aquilo que ainda não amamos no outro, em nosso semelhante.
Para tanto, temos que ter claro que amar se faz aos poucos.
Todas as vezes que nos controlamos frente a alguém que nos irrita, estamos nos propondo a amar: será o amor paciência.
Quando fazemos silêncio perante alguém em profunda irritação, também estaremos amando: é o amor compreensão.
Se perante alguém em dificuldade, somos capazes de parar nossos afazeres para estender a mão, estaremos exercitando o amor solidariedade.
A proposta de Jesus de amarmos aos nossos inimigos, fazer o bem a quem nos odeia e orar por quem nos persegue, é exatamente isso.
É o desafio de aprender a amar mais, de estender nosso sentimento em campos ainda não caminhados, de aprofundar as raízes da semente que recém desabrochou.
Como o amor é a essência de nossa natureza, quanto mais o expressarmos, quanto mais o oferecermos, maiores serão nossa felicidade, alegria e bem-estar.
Por isso, nada melhor que aceitarmos o convite de Jesus: aprender a amar aqueles que ainda não amamos, mas principalmente, aqueles que ainda não nos amam.
Sempre será prazeroso sentir-se amado e benquisto.
Entretanto, será conquista que jamais se perderá a de amar e querer bem àqueles que cruzam os caminhos de nossa existência.
Amemos, então, hoje, amanhã e depois. Amemos os que nos amam, amemos a quem ainda não nos ama.
Redação do Momento Espírita.
Em 21.8.2019.
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