Dick Hoyt, Oficial da Guarda Nacional da Força Aérea Americana, lutou muito para que seu filho Rick pudesse levar uma vida o mais perto possível da normalidade.
Rick sofreu paralisia cerebral no nascimento, em 1962, ficando incapacitado de controlar os movimentos do corpo.
Os médicos aconselharam seus pais a deixarem-no em uma instituição especializada, justificando que ele iria vegetar pelo resto da vida.
Contrariando essa orientação, eles o mantiveram em casa e, nos cuidados diários, repararam como os olhos do menino seguiam os movimentos dos dois pelos aposentos.
Quando Rick fez onze anos, eles o levaram ao Departamento de Engenharia da Tufts University e procuraram saber se havia um jeito de fazer com que o garoto se comunicasse.
Lá disseram, inicialmente, que ele não manifestava nenhuma atividade cerebral. Porém, alguma coisa acontecia em seu cérebro, pois ele reagia com sorrisos diante de estímulos positivos.
Então, ele passou a usar um computador adaptado, no qual controlava o cursor tocando com a cabeça um botão, no encosto de sua cadeira.
Com muito amor, os pais o ensinaram a ler, a despeito das dificuldades que ele enfrentava por ser quadriplégico e não poder falar.
Rick finalmente foi capaz de se comunicar e pôde, então, frequentar a escola, formando-se em Educação Especial.
Porém, o momento que marcou a sua vida ocorreu em 1977, quando Rick manifestou ao pai seu desejo de que participassem de uma corrida beneficente.
Apesar de nunca ter participado de corridas, Dick aceitou o desafio e, para atender o desejo do filho, correu oito quilômetros empurrando-o na cadeira de rodas.
O enorme esforço daquele pai foi recompensado quando, depois da corrida, o filho emocionado demonstrou que, pela primeira vez em sua vida, havia se sentido como se não fosse deficiente.
Essa declaração inspirou Dick para que, com o filho, desse início a uma longa carreira.
Ele ficou obcecado por oferecer essa sensação ao filho quantas vezes pudesse.
Pai e filho não eram um corredor. Também não se enquadravam na categoria dos corredores em cadeira de rodas, mas acabaram encontrando uma forma de participar oficialmente das maratonas.
Tempos depois, foi-lhes sugerido que participassem de um triatlon, esporte que envolve a conclusão em sequência de trechos percorridos através da natação, ciclismo e corrida.
Nessas provas, o pai corre empurrando o filho numa cadeira de rodas e usa uma bicicleta especial na qual Rick vai sentado na sua frente.
Na etapa de natação, amarra um bote inflável ao seu corpo para rebocar o filho, que pesa cinquenta quilos.
Ele afirma que faz tudo isso apenas pela sensação de alegria que proporciona ao filho enquanto correm, nadam e pedalam juntos.
Ambos são um grande exemplo de vida, mostrando que com amor, fé e determinação, o ser humano é capaz de coisas aparentemente impossíveis, indo muito além dos próprios limites.
Redação do Momento Espírita, com base
em fatos da vida de Dick e Rick Hoyt.
Em 7.8.2019.
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