Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Ser jovem

O general Mac Arthur teve oportunidade de se pronunciar a respeito das fases da vida e o fez nos seguintes termos:

A juventude não é um período da vida. Ela é um estado de espírito, um efeito da vontade, uma qualidade da imaginação.

É uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, do gosto da aventura sobre o amor ao conforto.

Não é por termos vivido um certo número de anos que envelhecemos. Envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal.

Os anos enrugam o rosto. Renunciar ao ideal enruga a alma. As preocupações, as dúvidas, os temores e os desesperos são os inimigos que lentamente nos inclinam para a terra e nos tornam pó antes da morte.

Jovem é aquele que se admira, que se maravilha e pergunta, como a criança insaciável: e depois?

É aquele que desafia os acontecimentos e encontra alegria no jogo da vida.

Considerando tudo isso, com certeza, é que Malba Tahan dizia que não importava se ter noventa, trinta ou dezessete anos.

Porque, afirmava, só o homem comum envelhece com o passar dos dias e dos anos.

O Espírito superior, porém, indiferente ao escoar do tempo, só envelhece com a perda dos seus ideais, o aniquilamento das suas ilusões e com o abandono de seus sonhos.

A mocidade é medida pela confiança e pelo esplendor dos seus sonhos.

Pode-se ser jovem com a própria fé, a coragem, que ultrapassa a timidez.

Pode-se ser velho com nosso próprio medo. A velhice se implanta quando a ânsia de aventura é vencida pelo desânimo e a pessoa somente deseja ficar repousando, viver tranquila.

Assim, seremos jovens enquanto nos conservarmos receptivos às mensagens da natureza. Enquanto tivermos olhos de ver a diversidade infinita de cores da paisagem.

Enquanto tivermos ouvidos de ouvir a melodia do vento nos ramos do salgueiro e o tamborilar da chuva no telhado, escorrendo pela calha.

Seremos jovens enquanto nos deixarmos arrebatar por tudo que é belo, bom, grande.

Enquanto o verde da esperança predominar na policromia da nossa alma. Enquanto o desânimo não conseguir adentrar a porta do coração e a preguiça não dominar a mente.

Enquanto tivermos forças para tecer a colcha de retalhos da nossa vida com sentimentos positivos: um quadradinho azul de amor, um quadradinho rosa de perdão. Um retalhinho lilás de compreensão. Um arremate branco de amizade.

*   *   *

Se temos um trabalho para cansar, uma tristeza para sentir, uma comida da qual reclamar, não nos permitamos enrugar, envelhecendo.

Se nosso sonho foi desfeito, permitamo-nos outros sonhos e sigamos em frente.

Lembremos de agradecer a Deus, pelo que temos, pelo que o dia nos oferece. Pois existem muitos que dariam tudo para estar em nosso lugar.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. O tempo, de Malba
Tahan; no cap.
Lembre-se, de autoria desconhecida e no cap. Ser jovem, do
general Mac Arthur, do livro
Momentos de luz, v. 1, ed. Kuarup.
Em 11.9.2013.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998