Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Tempestades do coração

Em um entardecer rico de luzes multicoloridas, Jesus tomou o barco de Pedro e com outras embarcações rumou para a outra margem.

Era a primeira vez que se deslocava naquela direção, um lugar conhecido como constituído por adversários dos judeus.

Enquanto o barco deslizava ligeiro sobre as águas mansas, os céus se escureceram subitamente e os ventos sopraram com vigor, levantando altas ondas encrespadas.

Jesus dormia ou parecia dormir em paz, enquanto rugiam as forças desgovernadas, ameaçando os viajantes.

Receando o pior, porque a embarcação era jogada de um lado para o outro, os discípulos o acordaram e lhe disseram do receio por suas vidas.

Ele ergueu-se como um raio de sol, e reclamou com a tormenta, impondo a sua vontade.

Suave calmaria sucedeu à agitação das ondas e o entardecer se tornou sereno e colorido, deixando todos maravilhados.

*   *   *

A proposta do Mestre sempre foi a de paz.

O remédio para todas as dores sempre foi o do amor.

Ele não tinha poder apenas sobre as tormentas da natureza, mas ensinava também como acalmar as tempestades do coração.

Para essas propôs inúmeras diretrizes de segurança moral capazes de superá-las.

Nenhuma mais expressiva do que a que se encontra na lei de amor, propondo o mergulho nas águas agitadas dos sentimentos primários para deles nos libertarmos, adquirindo paz.

Ofereceu igualmente o equipamento apropriado para o mergulho no abismo de nós mesmos, que é o escafandro do esforço pessoal.

Seu propósito sempre foi que conquistássemos a paz do coração.

Na atualidade, prosseguimos desconhecendo Jesus, nosso Mestre e Irmão maior.

Lemos Seus conselhos nos Evangelhos e não os entendemos com a devida profundidade.

Nossos hábitos e costumes se prendem aos instintos primitivos, buscando satisfazer os apetites da matéria, nos esquecendo que somos Espíritos imortais.

Ainda nos encontramos envolvidos no combate aos vícios exaustivos, sem enxergarmos a luz que nos aponta o caminho seguro.

Desejamos a cura para as dores físicas e deixamos de nos preocupar com a cura das chagas da nossa alma aflita.

O Mestre recomendava que deixássemos de nos envolver no mal, em cometer mais falhas, para que algo de pior não nos acontecesse. Entretanto, continuamos a repetir os mesmos erros.

Ele ensinou e exemplificou a conduta correta mas, infelizmente, muitas vezes desconsideramos isso tudo e nos envolvemos no mal.

Jesus propunha a paz. Quase sempre, de nossa parte, prosseguimos insistindo na guerra aos que consideramos nossos desafetos.

Mesmo assim,  Ele prossegue aplacando as tormentas dos nossos corações a cada dia, a toda hora.

Por isso, se faz de importância lembrar que Ele é o Caminho da Verdadeira Vida.

Ele nos desejou vida em abundância. E somente a teremos quando valorizarmos o corpo físico, como essa oportunidade de crescimento e progresso. Uma passagem pelo planeta, na qual devemos realizar o melhor, rumando para a luz.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 27
do Livro
Vivendo com Jesus, pelo Espírito
Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 29.6.2019.

 

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