Tudo era muito natural. As frases eram ditas nos momentos mais descontraídos e menos esperados.
Como naquele dia em que, passando por um bazar, a mãe viu no cesto de brinquedos um avião e o comprou, dando-o ao filho James.
Veja, comentou ela, é um avião de caça. Tem até uma bomba presa na parte de baixo.
O garoto olhou para o aviãozinho, virou-o de cabeça para baixo e declarou: Não é uma bomba, mamãe. É um tanque “decatável”.
Andrea não tinha a menor ideia do que era um tanque descartável. Foi somente ao falar com o marido que soube se tratar de um tanque extra de gasolina. Algo que os aviões usavam para estender a autonomia de voo.
Os pais estavam surpresos. Seu filho nem sabia pronunciar corretamente a palavra mas dizia que aquilo era um tanque descartável.
Como ele poderia saber desse detalhe?
Seus desenhos também registravam uma peculiaridade. Eram cenas de batalhas, com balas e bombas explodindo pela página inteira.
Claramente violentos. Ele desenhava uma batalha naval, mas sempre havia aeronaves no céu.
E se alguém pudesse pensar que ele vira na TV, não era verdade. A mãe era extremamente cuidadosa quanto aos programas.
Os detalhes eram impressionantes. As cenas retratavam aviões com hélices. Nada de jatos ou mísseis.
Era um ambiente antigo, que lembrava cenas da Segunda Guerra Mundial.
E havia mais uma particularidade. James sabia o nome dos aviões que desenhava. Eram aviões americanos Wildcats e Corsairs.
Sabia também os nomes dos aviões com o sol vermelho na fuselagem: Zekes ou Bekys.
Quando o pai perguntou por que os aviões japoneses tinham nomes de meninos e de meninas, ele explicou:
Os aviões dos meninos são caças. Os das meninas são bombardeiros.
A busca realizada pelo pai, na Internet, revelou ser a mais pura verdade.
Extraordinariamente, o garotinho de três anos assinava seus desenhos como James três.
Afirmava que ele era o terceiro James. Sou o James três.
Isso somente bem mais tarde os pais descobririam o significado. O seu pequeno, que começou a ter lembranças estranhas, aos dois anos de idade, era a reencarnação do piloto americano James Huston Jr.
Ora, se era Junior, seu pai se chamara James. E como agora, ao renascer, ele recebera o nome de James, era o terceiro.
* * *
Lembranças espontâneas são registradas por algumas crianças. Esses casos são estudados, com detalhes e apresentados como provas da existência das vidas múltiplas.
Crianças que, mesmo nascidas em famílias que não cogitam e nem admitem a reencarnação, afirmam com todas as letras e provam, com detalhes, que viveram anteriormente.
Reencarnação não é doutrina recente. Encontramos o ensino na Antiguidade egípcia, grega, entre os hebreus.
Jesus a ensinou dizendo que para entrar no reino dos céus era preciso nascer de novo.
Uma Lei Divina que a pouco e pouco vamos entendendo um tanto mais e constatando que somente através do progresso das vidas sucessivas podemos admitir a integral Justiça Divina.
Redação do Momento Espírita, com base nos cap.
2 e 16, do livro A volta, de Bruce e Andrea Leininger,
com Ken Gross, ed Best Seller.
Em 29.5.2019.
Escute o áudio deste texto