Momento Espírita
Curitiba, 26 de Novembro de 2024
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ícone Uma rica oportunidade

Aquela jovem via o sacrifício que seus pais faziam para que ela pudesse estudar. Esforçava-se, ao máximo, para conseguir sua vaga em uma Universidade.

Seu sonho era estudar medicina, um curso proibitivo para as finanças de sua família.

Então, após três anos tentando, ela conseguiu: ficou entre os cinquenta e três candidatos que tiraram nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM.

Em seguida, descobriu que seu nome constava da lista dos aprovados em medicina, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Foi uma comemoração cheia de lágrimas e abraços.

Principalmente, depois que ficaram sabendo qual fora o tema com o qual ela conseguira a nota máxima na redação: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.

Um problema social que ela conhecia bem, pois havia se tornado intérprete de libras, há dois anos, para se comunicar devidamente com uma amiga surda.

Depois, sentira o problema de perto, quando, acompanhando uma irmã a uma Unidade de Pronto Atendimento, encontrou três surdos, que não tinham quem os entendesse e se sentiam perdidos.

Sério problema, que se repete em muitas salas de aulas.

Foi sobre isso que ela discorreu em sua redação, bem como sobre os sentimentos que percebia no coração dos surdos brasileiros.

*   *   *

Esse assunto tem sido bastante veiculado, e nunca é demais pensar nos benefícios que proporciona a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Por meio dela é que milhares de pessoas, portadoras de deficiência auditiva, conseguem se comunicar tanto quanto tomar conhecimento do que ocorre em programas televisivos, congressos, conferências.

Ao analisarmos a importância dessa linguagem, verificamos ser um meio de garantir a socialização dessas pessoas e sua interação na sociedade.

Aprender LIBRAS é importante pois, além de permitir nossa comunicação  com os surdos, auxiliar na promoção de sua inclusão, nos possibilita servir de intérprete entre eles e pessoas que não entendem essa linguagem.

Moisés Gazale, diretor da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos, no Rio de Janeiro, lembra da origem no Brasil.

Foi em 1856, que o conde francês Ernest Huet, que era surdo, veio para o nosso país, a convite do Imperador D. Pedro II, trazer a Língua Francesa de Sinais.

No ano seguinte, foi fundado, no Rio de Janeiro, em 26 de setembro, o Instituto de Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos.

Porém, a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente estabelecida através da Lei número 10.436, em 2002, como a língua oficial das pessoas surdas.

Inesperadas oportunidades podem nos sorrir na caminhada da vida, facilitando a vida de alguém através de um simples conhecimento.

Aproveitemos essas chances.

São tesouros que acumulamos e que nos enriquecem verdadeiramente.

A vida é a grande escola, e somos constantemente desafiados a aprender com ela.

Usufruamos de todas as oportunidades de aprendizado que nos surjam.

Diz o ditado popular que o saber não ocupa lugar. Mas, sem dúvida nenhuma, nos gratifica!

Redação do Momento Espírita.
Em 25.5.2019.

 

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