Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Você acredita em reencarnação? Acredita que alguém que tenha morrido possa retornar a viver, em outro corpo?

Acha que isso tudo é somente uma grande fantasia, excelente para enredo de filmes, matéria literária para encher páginas e mais páginas de revistas?

Talvez algo sensacional para títulos de manchetes?

Pois aquela senhora de oitenta e seis anos cultivava as saudades do seu irmão há mais de seis décadas, quando um casal entrou em contato com ela.

A princípio, de forma muito prudente, como a sondar seus sentimentos e depois, revelando enfim, que o filho deles dizia ter sido irmão dela.

Anne Barron lembrava de que no dia 3 de março de 1945, estava em sua sala de estar, fazendo a limpeza.

Estava ansiosa porque toda a família iria se reunir em sua casa para aguardar, em breves dias, o retorno do irmão.

Então, ela sentiu como se ele estivesse ali, ao lado dela. E falaram e falaram. Eram muito ligados.

A reunião nunca aconteceu porque James foi dado como desaparecido em uma missão, como piloto.

O dia em que desaparecera? 3 de março.

Agora, um menino de cinco anos estava ao telefone, para falar com ela. Ele a chamou de Annie.

Ela estremeceu. Somente seu irmão a chamava dessa forma. A conversa foi muito interessante.

O garoto tinha conhecimento de muitas coisas da família. Referia-se ao pai e à mãe de ambos como um irmão faria.

Ele se lembrava, com riqueza de detalhes, do alcoolismo do pai; de que uma outra irmã, de nome Ruth, tinha sido colunista social de um jornal da cidade.

A quantidade de minúcias da família sobre as quais conversavam Anne e o novo James era impressionante.

Outras ligações telefônicas se sucederam e, com o tempo, quaisquer dúvidas foram eliminadas da mente de Anne. Aquele era seu irmão, que voltara a viver, em outro corpo.

Então, ela resolveu mandar para a cidade onde ele morava, um presente.

Era um quadro que a mãe deles havia pintado do filho quando ele era criança.

Quando o recebeu, a primeira pergunta do pequeno a Anne foi: E onde está o quadro que ela pintou de você?

Anne ficou sem fôlego. Apenas ela sabia que sua mãe pintara dois retratos: seu e de seu irmão.

O retrato de Anne estava no sótão. Ninguém no mundo sabia disso. Ninguém, a não ser ela.

A cada vez que com ele falava ao telefone, ela tinha mais certeza: aquele garoto era um Espírito familiar.

Quando o ouvia, ela não podia deixar de reconhecer que era o Espírito do seu irmão, morto na guerra, que voltara.

Quando se encontraram, pela primeira vez, face a face, ele a olhou atentamente.

Quieto, ele a ficou examinando com o olhar, avaliando. Algo como se estivesse tentando encontrar o rosto da irmã de vinte e quatro anos na mulher de agora oitenta e seis. Ela envelhecera. Ele renascera.

Não demorou muito e conversavam, de forma natural, com afetividade, identificando-se um com o outro.

*   *   *

A reencarnação é lei natural e todos os Espíritos a ela se submetem, até alcançar a perfeição.

Foi isso que Jesus ensinou ao falar a Nicodemos: Em verdade, em verdade te digo: ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.

 Redação do Momento Espírita, com base nos caps.
32 e 33 do livro
A volta, de Bruce e Andréa Leininger
com Ken Gross, ed. Bestseller.
Em 27.3.2019.

 

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