Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A mediunidade

A questão da mediunidade tem sido pouco compreendida, ainda, na atualidade.

É bastante comum as pessoas se referirem a pessoas portadoras de mediunidade como sendo espíritas. O que nem sempre é verdade.

Mesmo porque a mediunidade não é privilégio dos espíritas e nem tampouco criação ou invenção do Espiritismo, que surgiu na Terra, somente no Século XIX.

Em verdade, é no livro religioso mais antigo e respeitado de que tem conhecimento o Ocidente, que encontramos uma farta gama de exemplos de médiuns.

Referimo-nos à Bíblia. No Antigo Testamento, encontramos a descrição detalhada do festim de Baltazar, o neto de Nabucodonosor, na Babilônia.

Em meio ao alegre banquete, uma mão apareceu ao fundo da sala e escreveu, na parede, três palavras, que ninguém conseguia decifrar.

Foi necessário chamar o profeta hebreu Daniel que ali compareceu e informou ao rei que as palavras significavam pesado, medido, dividido, predizendo a divisão do seu reino em breve.

O fato se consumou nos dias seguintes, com a vitória de Ciro, rei dos Persas.

Ora, o primeiro fenômeno trata-se da escrita direta, quando os Espíritos não se utilizam da mão do médium para escrever, fenômeno estudado pelo Codificador da Doutrina Espírita no Século XIX, com detalhes.

O segundo, o da decifração da mensagem tem a ver com a inspiração do profeta, que colheu no invisível a informação precisa.

Logo no início do Novo Testamento, o Evangelista Lucas descreve a anunciação a Maria pelo anjo Gabriel. Ora, ela viu o mensageiro divino, portanto, fenômeno de vidência.

Ouviu-o com detalhes, pois que com ele conversou. Fenômeno de audiência.

E, numa época em que não existia a ecografia, o mensageiro dos céus não somente lhe falou da sua concepção, mas revelou o sexo da criança, o nome que lhe seria dado e a sua missão, com as palavras:

Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Será grande e o chamarão filho do altíssimo e o seu reino não terá fim.

Finalmente, lhe informou Gabriel que sua prima também estava grávida há seis meses, motivo que levou Maria a visitá-la.

E se bem lembrarmos, narra o mesmo Novo Testamento que o pai de João Batista também recebeu a revelação do nascimento do filho, antes de sua esposa vir a conceber.

Zacarias estava no santuário, exercendo as suas funções de sacerdote, quando lhe apareceu o mensageiro do Senhor, ao lado direito do altar, dando-lhe detalhes do que sucederia, igualmente lhe dizendo o sexo da criança, o nome e sua missão.

O fato de estar o sacerdote a orar, nos dá a tônica de que para adentrarmos à Espiritualidade, o caminho é sempre a prece, que nos eleva e credencia ao contato superior.

Mediunidade não é, portanto, exclusividade dos espíritas. É de todos os tempos. É faculdade inerente ao homem, dada por Deus para que ele, deste mundo de dores, possa alçar-se ao infinito e receber o socorro e amparo espirituais.

E todos nós, podemos, pelos fios invisíveis da oração, nos elevarmos às esferas de bênçãos e de lá receber as respostas de que necessitamos.

Não é de outra maneira que nosso anjo da guarda nos fala à mente e ao coração.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 20.3.2019.

 

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