Reconhecer a enormidade do Universo é admitir a nossa própria imensidão.
Não somos apenas poeira diante de dimensões e distâncias incalculáveis.
Somos galáxias pensantes, viajando, velozes, através de um fluido etéreo, multimodificado, num espaço infinito de perfeição.
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Você já parou para admirar a grandiosidade do Universo?
Suas distâncias incalculáveis; as dimensões impensáveis; suas leis que fascinam pela exatidão, pela forma com que operam sem falhas, sem ruído algum.
Já parou para admirar a imensidão de um céu de estrelas longe da cidade grande, quando recebemos a luz de astros que podem nem mais existir?
Tudo está em equilíbrio, tudo em harmonia. Cada sol, cada planeta, exatamente onde deveria estar.
A terra, a lua, posicionados com perfeição para que a vida, conforme conhecemos, seja possível. Uma leve mudança e pronto: está decretado o fim da nossa espécie.
Porém, há vastidão no que chamamos de micro também. Nas minúsculas dimensões. Nas harmonias moleculares, no espetáculo do átomo e nas suas diminutas, mas importantes partículas. Invisíveis até para os mais poderosos instrumentos inventados pelo homem.
Você já parou para admirar tudo isso?
E já se deu conta que faz parte disso também? Que você é parte dessa grandiosidade toda?
Não somos menos ou mais importantes do que as estrelas ou os átomos. Num Universo onde reina a perfeição não existe esse tipo de graduação, tão utilizado pelo homem.
Tudo é a vida pulsante do Cosmo, entrelaçada, buscando harmonia plena.
Se dentro de nós ainda não percebemos esse equilíbrio, essa paz, é porque, de alguma forma, precisamos aprender. O aprendizado faz parte da lei de evolução, uma das leis radiantes do Universo.
A lei de evolução, de progresso, diz que as coisas são perfectíveis, não nascem prontas, precisam se desenvolver. E não há falha ou descontrole algum nesse processo. É mais uma nuance da beleza do Universo e de seu Criador.
Pode parecer contraditório, mas a nossa imperfeição, a nossa procura pela felicidade ou por nos encontrarmos, fazem parte desse mecanismo de harmonia do Universo e suas leis.
Da mesma forma, o que chamamos ou entendemos por mal no mundo é apenas a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é atributo distinto. Um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal.
A perfeição divina quis que ficássemos sujeitos à lei do progresso, e que o progresso resultasse do nosso próprio trabalho, de nossas próprias conquistas, a fim de que fosse nosso o mérito pelo conquistado.
Da mesma maneira que nos cabe a responsabilidade do mal que pratiquemos.
Com o tempo perceberemos como tudo isso vai fazendo sentido, vai se encaixando, assim como nós vamos nos sentindo parte dessa imensidão toda.
Fazer parte desse grande espetáculo deve nos trazer o sentimento de alegria, de vontade de viver, de colaborar.
Reconhecer a enormidade do Universo é admitir a nossa própria imensidão.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 3, item 8,
do livro A Gênese, de Allan Kardec, ed. FEB e no poema
Imensidão, de Andrey Cechelero.
Em 25.2.2019.
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