Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Reino feliz

Quando terminavam as pregações nas margens do lago de Genesaré, em Cafarnaum, Jesus seguia para a casa de Simão Pedro.

Os amigos mais próximos O acompanhavam para diálogos enriquecedores.

Eram momentos inesquecíveis. Na tranquilidade do lar de Simão Pedro, Jesus elucidava as dúvidas em uma conversação mais íntima.

Na tarde em que, no monte, Jesus falou sobre as bem-aventuranças, o Apóstolo Tiago ficara surpreso, sem poder entender exatamente como seriam essas recompensas.

Onde se localizaria esse reino de felicidade: seria aqui mesmo na Terra? Em algum lugar no qual só se chegasse depois da morte?

Jesus esclarecendo lhes disse que todas as criaturas aspiram à felicidade, que se apresenta para cada uma delas de maneira diferente.

Para o doente, estaria na cura; para quem padece fome, seria o alimento; para o solitário, uma companhia.

Felicidade verdadeira, no entanto, “é um estado interior de paz, que as questões de fora, não conseguem perturbar.”

E falando do reino dos céus, o reino feliz, ensinou que ele tem início no coração das criaturas, quando optam pelos valores do bem, da justiça, do trabalho, do amor.

A mudança de atitude na vida em relação à harmonia entre todas as coisas e seres acalma interiormente o indivíduo, que passa a aspirar pela compreensão entre todos e pelo espírito de solidariedade que deve existir nos sentimentos.

Essa compreensão proporciona-lhe bem-estar interno, que se exterioriza em forma de júbilo e harmonia.

Aquele que assim procede, vivencia, desde então, o reino dos céus no coração, prolongando-o para além da morte física.

Suas palavras eram ditas com tanta doçura e carinho que sorrisos de felicidade bailavam nos lábios dos que O ouviam, como numa antevisão desse reino feliz.

E Jesus continuava explicando que no mundo espiritual existem igualmente locais de dores e sofrimentos reparadores. Lugares em que se reúnem aqueles que não quiserem atender aos padrões da lei de amor.

No entanto, todos temos condições de cultivar esse amor, a fim de conquistarmos o reino feliz, que não pode ser construído sobre coisas materiais, nem tampouco resulta da satisfação das ilusões e desejos físicos.

Os tesouros reais e imperecíveis são especiais. São aqueles que libertam a consciência e dulcificam o coração.

Esses tesouros eternos depois de conquistados permanecerão conosco em todo e qualquer lugar. Nada, nem ninguém os conseguirá destruir.

Na prisão ou na liberdade, na terra ou no céu, no perigo ou na ventura, desfrutaremos dessa propriedade inviolável, pois o reino feliz representa o conhecimento e as responsabilidades que devemos assumir perante a vida.

Quando a nossa consciência se apresenta tranquila frente às nossas tarefas e o coração se encontra vivenciando a paz que o amor propicia, estaremos no caminho certo.

Silenciou, enquanto todos com os semblantes descontraídos despediam-se para o descanso do corpo.

Pensemos: Estamos trabalhando pela conquista desse reino tão buscado?

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6, do livro
Vivendo com Jesus, pelo Espírito  Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.2.2019.

 

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998