Na esteira do progresso por onde todos passamos, temos vivenciado variadas experiências no campo da educação.
Desde tempos imemoriais, a Humanidade tem-se deparado com leis que devem ser respeitadas para o bem comum.
No entanto, confundindo as leis com a autoridade, na ausência dessa, as desrespeitamos com naturalidade.
Um exemplo disso é quando estamos no trânsito, diante de um sinal vermelho. Damos uma olhadinha para um lado, para o outro.
Se não vemos o guarda, avançamos o sinal. E temos uma justificativa: Estamos com pressa.
O guarda, nesse caso, seria a autoridade. Na ausência dele, infringimos a lei de trânsito.
Outro exemplo ocorre no ambiente profissional. Quando a chefia não está por perto, o comportamento de grande parte dos funcionários é bem diverso daquele expressado na sua presença.
Se atentarmos para nossas atitudes, encontraremos a base dessas distorções no comportamento das crianças, dos jovens e dos adultos.
A educação é transmitida de forma que sempre temos que temer algo ou alguém, e não respeitar a própria consciência.
Quando um dos filhos pega alguma coisa que pertence ao irmão, costumamos alertar: Não faça isso porque seu irmão não vai gostar.
Se estamos no supermercado, e a criança apanha uma guloseima qualquer para comer, imediatamente falamos: Não coma isso ou virá um guarda lhe prender.
Quando o jovem vai dirigir o automóvel, nossa recomendação é que ele não fure o sinal para não ser multado.
A educação eficaz é aquela que desenvolve a autonomia na criança. A capacidade de autogerir-se com as leis que já conhece. É o homem de bem, que age conforme sua consciência, e não porque alguém lhe impõe isso ou aquilo.
Assim, deveríamos dizer à criança no supermercado que não deve abrir qualquer mercadoria, antes que seja comprada. Essa informação servirá também para quando ela não estiver conosco, que representamos a autoridade.
Para o filho, que vai dirigir o automóvel, é bom frisar que existem leis no trânsito que devem ser respeitadas para o bem de todos, e não porque sofrerá uma multa.
É bom pensarmos mais na importância da educação dos nossos filhos, desenvolvendo neles a capacidade de autogerir-se, estando ou não diante de uma autoridade.
Quando passamos para a criança as informações corretas, capacitando-a para refletir em torno de seus atos, não teremos que nos preocupar com o adolescente, e estaremos formando um cidadão honesto e responsável.
Ele saberá que, além das leis dos homens, existem também as leis de Deus, e que essas são invioláveis, porque as trazemos inscritas na própria consciência.
Dessa forma, façamos o melhor que pudermos para esses que Deus nos confia para educarmos. Só assim estaremos construindo uma sociedade justa no porvir.
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Para conduzir o povo hebreu, o legislador Moisés criou uma série de leis severas e lhes atribuiu caráter divino.
Jesus trouxe leis de acordo com a atual psicologia, que conclui que a melhor forma de educação não é a do não: não roubar, não cobiçar e sim, a do agir: amar o próximo como a nós mesmos, fazer ao próximo o que gostaria que ele nos fizesse, e assim por diante.
Pensemos a respeito.
Redação do Momento Espírita.
Em 5.1.2019.
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