Um brilho que dura pouco tempo no céu. Aparece, desloca-se rapidamente por alguns segundos e depois some.
Os mais desavisados poderiam dizer que avistaram um OVNI ou mesmo uma estrela cadente, mas não, o que podemos ver a olho nu, por poucos instantes, é um grande objeto construído pela engenharia humana.
Trata-se da ISS, estação espacial internacional, construída e mantida por engenheiros espaciais de diversos países como Estados Unidos, Rússia, Japão e outros.
É o maior objeto colocado em órbita pela Humanidade. Com mais de cem metros de comprimento, viajando há cerca de quatrocentos quilômetros de altura e numa velocidade próxima de vinte e oito mil quilômetros por hora, é uma das grandes conquistas da inteligência humana.
Muitos anos de estudo, de trabalho, de dedicação, colocando peça por peça em órbita, desde a primeira, ela está orbitando em torno da Terra, há cerca de vinte anos.
Uma vez colocada em órbita, através dos lançamentos de foguetes extremamente potentes, cada novo módulo se junta ao principal, que está com os propulsores desligados, isto é, a ISS orbita sem propulsão alguma.
Vale ainda lembrar que as belíssimas imagens que muitas vezes recebemos de nosso planeta azul vêm de registros feitos por astronautas a bordo dessa estação, que pode receber até seis tripulantes.
Está aí uma fascinante criação, assinada pelo homem, seu engenhoso criador.
Agora observemos uma outra obra: nosso planeta.
A Terra também descreve uma órbita, porém, em torno de uma estrela, o sol. Todos viajamos a cerca de cento e sete mil quilômetros por hora, pelo espaço, realizando esse movimento que conhecemos como translação.
Um movimento constante, sem trancos, sem variações ou interrupções, graças às leis universais que regem a matéria.
A Terra está a mais ou menos cento e cinquenta milhões de quilômetros do sol, uma distância considerável. Vênus, por exemplo, nosso vizinho, está há cento e sete milhões de quilômetros da grande estrela.
Imaginemos, no entanto, se as posições fossem trocadas, se a Terra estivesse um tanto mais próxima do sol, assim como está Vênus. Nesse caso, todos nós não existiríamos.
A temperatura média em nossa superfície seria de novecentos graus célsius, inviabilizando qualquer espécie de vida como a nossa.
Simulemos o oposto. Se a Terra se distanciasse um pouco do sol, o que aconteceria? Teríamos uma grande bola de gelo, uma nova era do gelo e novamente a vida, conforme conhecemos, seria impossível.
Isso tudo nos mostra que nas leis do universo há algo mais do que um simples automatismo, mais do que forças que atuam mecanicamente, há uma Grande Inteligência.
Certamente uma Inteligência que não entendemos, que nem sequer ousamos desafiar ou compreender Suas razões e métodos, mas que nos encanta com Sua perfeição e beleza.
Assim, só nos resta reconhecer a grandeza diante de nossos olhos e nos reclinar humildes.
Da mesma forma que admiramos os engenheiros que constroem naves, foguetes, satélites que flutuam no espaço, pois suas obras falam de sua inteligência, que possamos observar a vida que nos cerca, que pulsa dentro e fora de nós, no micro e no macro e perceber em tudo, um Grande e Genial Criador.
Redação do Momento Espírita.
Em 5.12.2018.
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