Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone A responsabilidade de cada um

Fotos e vídeos de diferentes partes do mundo vêm mostrando imensos danos que o acúmulo de lixo tem causado na natureza.

Praias abarrotadas de resíduos plásticos, animais marinhos e aves mortos por terem ingerido grandes quantidades desses materiais, confundindo-os com alimentos.

Outros com os movimentos comprometidos, enrolados em redes de pesca, sacolas plásticas e resíduos descartados indevidamente.

Vemos tartarugas com canudos plásticos enterrados nas narinas, morrendo por asfixia... enfim, uma série de cenas que chocam e entristecem.

Campanhas alertam para não jogar esses materiais nas praias, nos rios, nas ruas.

Outras conclamam a deixarmos de utilizar materiais plásticos ou reduzir drasticamente sua utilização, e mesmo, reciclar, reutilizar, reaproveitar.

Há quem considere o plástico como vilão, no entanto, ele não é o vilão real. Os copos plásticos e os canudos, por exemplo, ajudaram a reduzir enormemente as contaminações hospitalares por conta de copos mal lavados e infectados, salvando assim inúmeras vidas.

O grande responsável pela poluição e pela morte de milhares de animais é, na verdade, o ser humano, que age de maneira descuidada.

Culpar canudos, potes, tampas e sacolas plásticas é uma forma de desviar a responsabilidade do real culpado.

Quando jogamos um papel de bala na rua, ele vai parar na galeria de esgotos e vai desembocar em um rio e no mar.

Uma sacola plástica não vai por vontade própria para o mar. Ela é um objeto inanimado, não tem pernas nem escolhe sua destinação.

A ação humana, por negligência, é que a coloca na rota do mar, e no estômago de algum animal faminto.

Nós, seres humanos, precisamos ampliar nossa visão de mundo, indo além de nosso entorno, prestando atenção nas consequências de nossos atos, mesmo aqueles que, nos momentos em que os realizamos, nos pareçam insignificantes.

Ano após ano, é preciso investir recursos, que poderiam ser utilizados em outras áreas, para desenvolver tecnologias e ações para resolver problemas causados por nós, em diferentes setores da sociedade.

Verificamos que tais tecnologias não têm sido suficientes para solucionar todos os problemas que se originam, na maioria das vezes, da nossa irresponsabilidade.

A questão do lixo é apenas uma delas.

Enquanto não nos conscientizarmos de que a natureza não existe para nos servir, que somos parte integrante dela, assim como as plantas e os animais, criaremos sempre novos e mais sérios problemas.

Abandonar o uso de embalagens plásticas e reciclar o lixo diminui muito o problema da poluição dos oceanos e das praias.

No entanto, se continuarmos focados apenas em nós, ignorando a natureza que nos cerca, corremos o risco de não darmos conta dos problemas e ainda criarmos outros, comprometendo severamente a existência de tudo o que tem vida na Terra.

Que possamos ter um olhar mais abrangente, respeitoso e responsável para com a natureza e que consigamos desenvolver um senso de responsabilidade sobre tudo o que nos cerca.

Pensemos nisso porque, afinal, trata-se da sobrevivência de toda espécie de vida, sobre a Terra.

Redação do Momento Espírita.
Em 10.12.2018.

 

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