Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Mãe Santíssima

É sabido que as religiões cristãs reverenciam, com profunda gratidão, a figura ímpar de Maria de Nazaré.

Sua elevação espiritual sempre foi tida como parâmetro maior, por ter recebido de Deus a missão de ser Mãe do Messias.

Intimamente, trazia o compromisso de colaborar para que o Divino se fizesse Homem entre os homens.

Aceitou a tarefa e cumpriu-a de maneira extraordinária.

Quando a dor maior invadiu seu coração, na hora do martírio, exclamou: Meu filho! Meu amado filho!

E ouviu a resposta significativa, enquanto Jesus indicava o Apóstolo João: Mãe, eis aí teu filho!

Ela compreendeu que era o momento da renúncia maior da sua alma.

Era a lição da família universal colocada em prática pelo filho amado que se fazia substituir pelo amigo querido.

Maria! Alma santificada pela dor, pelo silêncio, pela renúncia, mas essencialmente pelo amor.

*   *   *

A Doutrina Espírita, através da mediunidade responsável, tem permitido que nos cheguem relatos biográficos de Maria de Nazaré.

Os autores espirituais buscam os dados originais nos arquivos fieis do mundo espiritual.

Foi assim que o Espírito Humberto de Campos nos trouxe, através de Chico Xavier, informações mais detalhadas, além das contidas nos Evangelhos.

Atendendo à promessa que fizera ao Mestre, aos pés da cruz, tão logo pôde, o Apóstolo João foi buscar Maria e a levou a Éfeso, onde residia.

Ali, durante o dia, ele saía para cuidar de seus afazeres e da divulgação da Boa Nova, enquanto Maria passou a atender os caminhantes necessitados.

Com o passar do tempo, aquela casa se tornou um ponto de referência para quem quisesse ouvir falar a respeito de Jesus.

O Apóstolo Lucas, por orientação de Paulo de Tarso, foi até Éfeso. Seu objetivo era entrevistar a Mãe de Jesus, a fim de poder escrever a biografia do Mestre, segundo as suas lembranças.

Idosos, doentes, mães infortunadas a buscavam para serem por ela abençoados.

Sentia-se um pouco mãe daquelas criaturas sofridas, e lhes falava de Jesus e de Seus ensinamentos como uma mãe fala aos seus amores.

Acalmava os corações sofridos com palavras amigas, onde se destacava um quase refrão: Isso também passa.

Certa feita, um doente, sentindo alívio em suas chagas, ao beijar-lhe as mãos, murmurou:

Senhora, sois a Mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe Santíssima.

Desde então, a sua casa passou a ser conhecida como a casa da Mãe Santíssima.

Um dia, em que a saudade do filho era muito grande, ela atendeu a um peregrino.

Com mais intenso sentimento, ela falou daquele Jesus, que se fora da Terra, há alguns anos. E disse da sua imensa saudade.

Então, o peregrino retirou o capuz, e com a voz que ela conhecia muito bem, disse: Minha mãe!

Ela se emocionou. O coração começou a bater mais forte. E ele completou:

Vim te buscar porque meu Pai quer que sejas, no meu reino, a rainha dos anjos!

Naquela noite, João, retornando das atividades, lhe assistiu aos últimos momentos.

Ela partiu, mansamente. E como uma estrela, de intenso brilho, adentrou a Espiritualidade.

 Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 2 e 30,
do livro
Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos,
psicografia  de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 17.11.2018.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998