Em tempos em que a mulher se tornou a executiva, a atendente, a médica, a frentista do posto de gasolina, enfim, a profissional, imperioso se repensar algumas questões.
Recordamos que quando Marie Curie, duas vezes laureada com o Prêmio Nobel, se casou, ela e o marido receberam a oferta de um apartamento totalmente mobiliado, por parte do pai dele.
Marie declinou do presente, dizendo que tudo devia ser muito prático e muito simples em seu apartamento.
Ela se casara, devia ser esposa, cuidar do lar, mas não podia deixar a sua grande paixão, a ciência.
Então, para tudo atender a contento, seu apartamento deveria ser simples, com o mínimo de móveis a fim de que não lhe tomassem muito tempo a limpeza e a ordem.
E assim fez. Ela foi esposa, mãe, dona de casa, cientista. Tudo atendendo de forma única, conforme asseverado pela sua biógrafa, Ève Curie, sua filha.
Verdadeiramente importante que, em tendo tanto a atender, nos sirvamos da simplicidade.
Como dizia uma profissional da área médica, simplicidade e amor.
Quanto mais simplificamos tudo ao nosso redor, mais tempo teremos para usufruir nossos amores e o nosso cantinho.
Podemos começar diminuindo alguns adereços sofisticados, enfeites complicados, tapetes em excesso. Também optando por móveis e cortinas de fácil limpeza.
Bonito, de bom gosto, mas sem que nos exija tempo em demasia para manter a limpeza e a ordem.
Quando precisamos dedicar tempo excessivo para manter tudo organizado, relegamos nossos amores a segundo plano, sendo natural que ouçamos queixas e reclamações.
Afinal, eles nos querem por perto, não apenas em momentos especiais, mas no dia a dia, desfrutando de nossa companhia.
Precisamos identificar o que valorizamos realmente, se os objetos que temos, ou os amores que conquistamos e a construção da felicidade que sonhamos.
Lembremos sempre que as coisas existem para serem usadas, para tornar nossa vida mais confortável, e as pessoas, para conviverem e serem amadas.
* * *
Em um mundo repleto de desafios, onde temos inúmeros compromissos, necessidade de trabalhar, muitas vezes, além do limite físico, importante pensar na simplicidade que possamos introduzir em nossas vidas.
Não é desleixo, não é falta de bom gosto, não é indiferença.
É saber dar a cada departamento da vida o valor que realmente lhe cabe.
É saber priorizar o que é verdadeiramente importante.
Simplificando nossa vida, ela se tornará mais prática, menos desgastante.
Conseguiremos tempo para sentarmos e conversar com nosso cônjuge e filhos.
Teremos tempo para nos deitarmos entre as almofadas na sala e brincar com as crianças.
Ou tomarmos de livros ilustrados e lermos em conjunto. Talvez assistirmos a algum filme que todos apreciam.
Servir chocolate quente nos dias frios e sorvete em pleno verão.
Tudo sem medo de que fique manchado o sofá caríssimo ou o tapete importado.
Não nos esqueçamos de usufruir do conforto que os objetos nos proporcionam, porque eles foram feitos para nós e não nós para eles.
E nos dediquemos um tanto mais a estreitar os laços de amor que nos manterão unidos.
Redação do Momento Espírita.
Em 13.10.2018.
Escute o áudio deste texto