Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Dia da criança

Doze de outubro. Dia da criança.

Muitas atividades se preparam para brindar essa joia incomparável que é a criança. É um excelente momento para falarmos a seu respeito.

Alguns pensam que a criança é um ser virgem, recém-criado por Deus. Por isso acreditam que, sendo folha em branco, tudo começará a ser escrito pelos pais, iniciando-se todo o processo da individualidade.

Muitos acreditam que as crianças sejam verdadeiros bibelôs, patrimônios dos seus pais. Por isso, deverão se tornar cópias dos modelos paternos.

Outros pensam que as crianças herdam não somente os caracteres biológicos dos pais, mas também os traços morais.

O que quer dizer que pais dignos teriam filhos nobres e celerados os teriam igualmente maus.

O pensamento do Espiritismo é de que a carga preciosa que os pais carregam nos braços com carinho é um Espírito viajor no caminho para o Criador.

Tem por meta se aprimorar. Está na Terra para o esforço de autossuperação, do aprimoramento do intelecto e do caráter.

A aparente inocência da infância oculta uma bagagem de séculos, em que o Espírito adquiriu nobreza e virtudes e também se equivocou.

Dessa forma se torna inadiável educá-la desde cedo.

Trabalhar para podar ou inibir o que traga de pernicioso. Incentivar as conquistas felizes que demonstre.

A tarefa não é tão difícil quanto possa parecer. Não exige o saber do mundo. Podem desempenhá-la o sábio e o ignorante.

Desde pequenina a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz das anteriores existências.

Os pais devem se esmerar em estudá-los. Depois fazer como o bom jardineiro que corta os rebentos defeituosos à medida que aparecem na árvore.

Durante a infância, o Espírito é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento.

Primeiro dia de vida. Primeira aula do filho. E no currículo não poderá faltar a educação religiosa.

Jesus na vida infantil significa formidável processo de vacinação preventiva, ao mesmo tempo curadora.

Nas letras da Boa nNva, Jesus ensina, aclara, semeia nessa alma milenar tudo de útil e bom.

A infância bem educada dará ensejo à juventude bem estruturada. Naturalmente tal juventude produzirá uma sociedade de adultos onde as tônicas serão o trabalho, a honestidade, a fraternidade, a honradez e a fé robusta.

Não percamos a preciosidade da idade infantil.

Se a criança é o futuro já presente, invistamos nela. Pais, professores, amigos, vizinhos, autoridades públicas, empenhemo-nos.

As crianças são filhos de Deus. Vêm para nós e nos pedem orientação para o bem. O trabalho nos compete. Vamos agir.

Amor, carinho, alegrias. Tudo providenciamos: o pão, o agasalho, o abrigo.

Não percamos de vista a educação.

*   *   *

A tarefa dos pais é uma verdadeira missão.

Deus põe a criança sob a tutela dos pais para que eles a dirijam no caminho do bem.

Quanto piores forem as disposições da criança, mais a tarefa é pesada. O que quer dizer que maior será o mérito se a conseguirem desviar do mau caminho.

 

Redação do Momento Espírita, com base nos itens 582 e 583 de
O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB e no livro Desafios
da educação, pt. 1, pelo Espírito Camilo, psicografia de José
Raul Teixeira, ed. FRÁTER.
Em 12.10.2018.

 

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