Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone A resposta celeste

Conta-se que o Apóstolo Bartolomeu desejava entender os benefícios e alcance da prece.

Por isso, rogou a Jesus esclarecimentos quanto à resposta do Alto às súplicas dos homens.

O Mestre narrou, então, interessante história: Antigo instrutor dos mandamentos divinos ia em missão da verdade celeste, de uma aldeia para outra.

Sendo elas profundamente distanciadas entre si, o servidor fazia-se acompanhar de um cão amigo.

Certa feita, anoiteceu e ele não podia prever o número de milhas que o separavam do destino.

Reparando que a solidão em plena natureza era medonha, orou, implorando a proteção do eterno Pai, e seguiu.

Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à margem da trilha em que avançava.

Acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar e a dormir.

Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou.

Teve de retomar seu caminho, sem o descanso desejado.

De repente, deparou-se com volumoso riacho, num trecho em que a estrada se bifurcava.

Uma ponte rústica oferecia passagem pela via principal e, além dela, a terra parecia sedutora.

Aliás, mesmo envolvida na sombra noturna, ela se assemelhava a extenso lençol branco.

O pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente.

Mas a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.

Sem recursos para a travessia, o servidor do Evangelho seguiu por outro rumo.

Encontrou robusta árvore e pensou em nela se abrigar.

Enquanto isso, o firmamento anunciava a tempestade por trovões longínquos.

O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto.

Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu.

Exposto, então, à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.

Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro.

Aliviado, bateu à porta.

Ríspido homem o atendeu e foi muito claro na negativa.

O dono do recinto disse não receber visitas à noite.

O pregador se acomodou como conseguiu, nas cercanias da casinhola campestre.

Exposto ao frio, sentiu-se esquecido por Deus.

Alta madrugada ouviu gritos, sem saber de onde vinham.

Ao alvorecer, soube que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana e assassinara os moradores.

De regresso, um campônio o informou de que a terra branca, junto da ponte caída, era um pântano traiçoeiro.

Quando alcançou a árvore tombada, um rapazinho lhe contou que se tratava de conhecido covil de lobos.

O pregador ainda procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.

Então, endereçou infinito reconhecimento ao céu pelas expressões de variado socorro que não soubera apreciar.

Finalmente, entendeu que Deus sempre ouve as rogativas humanas, mas que é preciso discernimento para compreender Suas respostas e aproveitá-las.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 28, do
livro
Jesus no lar, pelo Espírito Néio Lúcio, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 24.9.2018.

 

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