Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Doação de vida

Existem algumas atitudes simples que ajudam muito a outras pessoas. Doar sangue é uma delas.

Dar algo de si, de seu próprio corpo, esse líquido precioso e fundamental para a vida, sem saber para quem irá, quem receberá, que pessoa irá socorrer – isso é parte de ser um doador.

Se todos conhecessem a importância da doação de sangue, não haveria a necessidade de campanhas para solicitar à população. Um ato indolor e seguro, pois não provoca prejuízo algum à saúde do doador.

Poucos sabemos mas cada doação pode atender e até salvar a vida de quatro pessoas. Pensar nisso é incrível.

E são muitas as histórias emocionantes envolvendo esse gesto.

Histórias como a de Paulo, um doador frequente. A cada três meses ele se dirige ao banco de sangue de sua cidade.

Com alegria, afirma que graças a Deus não tem nenhum problema de saúde, nenhuma contraindicação e sempre fica feliz em poder ajudar. Faço questão de doar, diz ele.

Porém, houve uma semana em que ele estava um pouco desanimado. Não sabia se poderia ir. Lembrou que se fazia o tempo para a doação habitual, mas aqueles dias estavam impossíveis: muito trabalho, estresse, preocupações. Faltava lugar na agenda.

Na quinta-feira ele pensou: Vou deixar para mais tarde. Hoje não dá. Estou com muitos problemas em meu serviço.

Era uma manhã gelada. Ir cedo até o posto de coleta não parecia uma boa ideia dessa vez.

Além disso sempre tem fila, fico esperando um bom tempo, pelo menos duas horas e posso até me atrasar para meus compromissos urgentes, pensou ainda.

Um certo mau humor tomou conta dele.

Logo em seguida, pareceu ouvir uma voz em sua cabeça: Vai lá doar. Não deixe de ir.

Ele se incomodou com aquilo. Vou ou não vou?

Dominou a preguiça e acabou indo.

Pareceu-lhe que a voz continuava a lhe dizer: Como você vai doar, vá com boa vontade. Não permaneça mal humorado!

O local estava lotado. Ele se sentou, disposto a aguardar muito tempo.

Lá vou eu ficar aqui umas duas horas, como sempre fico.

Mal haviam passado cinco minutos, uma das enfermeiras adentrou a sala de espera, com sinais de urgência e preocupação, anunciando: Estamos com uma emergência. Quem tem o sangue tipo tal? Temos uma pessoa que está precisando urgentemente.

Em meio àquelas dezenas de pessoas na sala de espera, três levantaram a mão, indicando terem aquele tipo sanguíneo. Uma delas foi Paulo.

Os três foram conduzidos antes dos outros para doar, devido à situação excepcional.

Paulo entendeu a mensagem. Ele era importante ali. Era ali que ele precisava estar naquele momento.

A voz que falou em sua cabeça não era apenas a da sua consciência lhe cobrando o compromisso usual. Era algo maior, que ele não conseguia compreender no momento, mas que respeitava e admirava.

*   *   *

Façamos o bem com alegria e, no ato de realiza?­-lo, sentiremos a nossa recompensa.

Ajudemos a todos com naturalidade, como dever que nos imponhamos, a favor de nós mesmos, e nos encharcaremos de paz.

Unamo-nos ao exe?rcito ano?nimo dos hero?is e apo?stolos da bondade.

Ningue?m nos sabera? o nome, no entanto, o pensamento dos beneficiados sintonizara? com a nossa generosidade estabelecendo elos de ligac?a?o e seguranc?a para a harmonia no mundo.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9, do livro
Episódios diários, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 27.8.2018.

 

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