Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Dias amargos

Quando as notícias a respeito da violência nos chegam, nos sobressaltamos.

Pensamos, por vezes, que não existe lugar em que nos possamos sentir totalmente seguros.

Uma mãe vai buscar a criança na escola e, enquanto a acomoda no assento de trás do carro, alguém a surpreende, dando-lhe voz de assalto.

A reação imediata é angustiante, pois ela pensa unicamente na segurança do filho e como retirá-lo da situação de perigo.

Deixamos nossos filhos na porta da escola, os vemos adentrar o local. Imaginamos que, enquanto estiverem ali, estarão seguros.

No entanto, as chamadas balas perdidas os encontram nos bancos escolares, enquanto atentos buscam iluminar seus intelectos.

Vamos às compras, andamos pelo shopping quando um arrastão nos surpreende. E tudo é tão rápido que ficamos sem ação.

Por vezes, nos esquecemos até de eventual tentativa de nos ocultarmos, de nos protegermos, em algum lugar.

Violência cotidiana. Violência no trânsito onde a impaciência, a agressividade parecem ser a tônica de quem se encontra ao volante.

A impressão que se tem é de que estamos numa grande disputa para ver quem pode mais, quem chegará antes ao seu destino, quem conseguirá ultrapassar o outro.

Tudo isso nos torna desconfiados, amargurados, de tal sorte que, às vezes, a simples proximidade de alguém ao nosso lado, nos causa sobressalto.

Uma mensagem que chegue, de repente, no celular, nos acelera os batimentos cardíacos porque imaginamos se algo aconteceu a um dos nossos amados.

Deixamo-nos intoxicar pelo panorama ruim, pelas notícias de intranquilidade.

Sim, há muita maldade na Terra.

No entanto, de igual forma, existem muitos fatos positivos, muita gente se importando com o outro, muita gente investindo tempo e recursos para o bem-estar do seu semelhante.

De um modo geral, estamos demasiadamente focados nas notícias tristes e desumanas.

Em decorrência, alimentamos pensamentos negativos e acabamos contribuindo energeticamente para fortalecer a onda de violência e terror.

Seria importante que redirecionássemos o nosso foco. Que deixássemos de nos interessar tanto pelas notícias trágicas e buscássemos saber das coisas positivas que acontecem no mundo.

Seria importante que, sabendo de mortes violentas, de maldades e crimes expressivos, não comentássemos; que os lamentássemos intimamente e orássemos pelas vítimas e por seus agressores.

Que a nossa contribuição fosse positiva. As pessoas são suficientemente infelizes pelas tragédias que padecem, não precisam ter o panorama das suas dores espalhadas e repetidas de todas as formas.

Pensemos: se fôssemos nós os envolvidos no problema, gostaríamos que os comentários se somassem e se multiplicassem?

Não seria melhor que alguém se aproximasse e nos transmitisse boas energias, um abraço, um aperto de mão?

Por isso, usemos a lente do bem, e busquemos fatos positivos na leitura da vida que nos cerca.

Sejamos luz, no mundo momentaneamente escuro.

Sejamos esperança para as almas amarguradas pela desilusão.

Com certeza, os dias amargos passarão!

Contribuamos para que isso se dê o mais rápido possível!

Redação do Momento Espírita.
Em 14.7.2018.

 

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