Gentileza é uma virtude especial que, por representar uma ação nobre, distinta, amável, se conquista gradualmente à medida que vamos sentindo prazer em praticá-la.
É uma forma de atenção e de cuidados que vai tornando os relacionamentos mais amenos, mais humanos.
Quem pratica essa virtude é vista como uma pessoa cuidadosa, delicada.
Costuma-se afirmar que gentileza gera gentileza.
De fato, parece que existe um vírus contagioso nesse comportamento, pois quando se recebe uma gentileza, normalmente fica-se aberto a agir de igual forma.
A continuidade dessa prática faz com que a vida fique mais suave.
Dessa forma, busquemos ser gentis com aqueles que, por qualquer razão, vierem até nós pois ninguém nos buscará por mero acaso, mas por perceberem em nós condições de atendê-los.
Quando nos propomos a agir com solidariedade, criamos em torno de nós uma atmosfera que atrai as pessoas, nos oportunizando ações de colaboração, que só se tornarão efetivas se acompanhadas da devida gentileza.
Desenvolver cada vez mais nossa disposição para servir, nos torna criaturas melhores e um porto seguro para os que necessitam de norte.
Nada nos enriquece mais do que nos dispormos a espalhar o que temos de melhor, um cálculo que a matemática não explica: quanto mais dividimos, mais multiplicamos.
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Ouvir com atenção quem se encontra necessitado de ajuda, frente a algum problema;
falar com firmeza, mas com gentileza, sobre determinada dúvida, esclarecendo a quem está inseguro;
segurar a mão de alguém que esteja amedrontado, no enfrentamento de uma situação caótica;
fazer uma oração junto à pessoa que esteja vivenciando desespero;
ajudar um idoso a atravessar uma rua movimentada em momento de grande trânsito;
carregar uma sacola ou volume pesado para alguém;
tratar com paciência os próprios familiares no lar; abraçar com carinho quem chora, junto a um doente ou acidentado querido;
dar um bom dia acompanhado de um sorriso amigo; dar um telefonema de cordialidade são gestos simples, mas que podem se tornar frondosas sementeiras quando multiplicados por dezenas de almas que nos observam, que nos seguem, que compartilham os mesmos espaços.
Muitos de nós passamos por situações de despreparo e insegurança, desejando encontrar um porto seguro, onde contemos com uma bússola a direcionar nossos passos.
Dessa forma, sempre podemos, se quisermos, nos tornar o porto seguro para alguém.
Basta nos disponhamos a acolher com gentileza quem nos busca.
Mesmo quando não soubermos o que dizer ou como dizer, roguemos a inspiração divina, que nos ditará o gesto e as palavras certas.
Para ajudar aos homens Deus necessita de nossa boa vontade, nossa voz e nossos braços.
E Ele escolhe aqueles que estão dispostos à gentileza, nos capacitando muito acima do que imaginamos.
Estejamos à disposição do Pai Celestial e espalhemos Suas bênçãos maiores, envoltas em amável gentileza.
Nossa capacidade de ajudar muitas vezes está bem acima do que imaginamos.
Pratiquemos a gentileza.
A bondade fica mais fácil quanto mais praticada.
Redação do Momento Espírita.
Em 30.6.2018.
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