Quando olhamos o céu, com suas tantas estrelas, tantas que não conseguimos contar todas, nosso sentimento é de admiração. Um quase êxtase.
A chamada Estrela D´Alva, o planeta Vênus, que assim chamamos por seu brilho no céu, entre outras, nos leva a cogitar de quantas outras Humanidades existirão espalhadas por esse imenso Universo de Deus.
Exatamente por isso, o homem tem investido na exploração espacial. Em dezembro de 2015, a agência japonesa de exploração aeroespacial, a JAXA, anunciou a chegada da sonda Akatsuki, que significa Aurora, ao planeta Vênus.
Vênus é a equivalente romana da deusa que a mitologia grega denominava Afrodite. Deusa do amor, da beleza e da união.
Por sua vez, apenas alguns meses antes, o robô Curiosity, da NASA, enviara imagens do planeta Marte.
Marte é a denominação romana para o deus da guerra, que os gregos chamavam Ares.
Se Vênus é a deusa do amor, Ares é o deus da destruição, sempre representado envolvido com as lutas humanas e os campos de batalha.
Sem nos alongarmos em considerações astronômicas ou astrológicas, é de considerarmos como precisamos explorar mais a fundo essas duas expressões tão intensas da alma humana: o amor e a guerra.
Parece que a Humanidade tem transitado muito mais pelos campos de Ares, com todo seu poder destrutivo.
Somos os seres que ainda vivemos em disputas diárias e batalhas constantes. No trânsito, os que andamos a pé desafiamos o movimento dos carros, atravessando as ruas de qualquer jeito, como bem entendemos.
Quando estamos ao volante, utilizamos o nosso veículo como uma máquina de guerra, furando sinal, desrespeitando leis estabelecidas, investindo com quase fúria sobre quem está concluindo a travessia na faixa de pedestres, mal abre o semáforo.
Nos relacionamentos de toda sorte, mais nos digladiamos do que nos amamos. É o que apontam as manchetes, todos os dias, apresentando cenas de violência entre aqueles que mais deveríamos nos amar, os seres humanos.
Afinal, somos todos filhos do mesmo Pai. Todos tivemos a mesma origem e nosso destino é o mesmo: o retorno à casa paterna.
Mesmo quando nos envolvemos com a arte, a música, a literatura, que deveriam se voltar ao engrandecimento dos valores e princípios, exploramos a tendência destrutiva.
Tudo porque, de modo geral, estamos mais interessados em retorno financeiro, em audiência, em competição, em poder em sermos alçados ao pódio das glórias mundanas.
Como se faz necessário que deixemos de explorar tanto o campo de Marte e nos direcionemos para Vênus.
Quanto necessitamos do amor. Desse amor verdadeiro que se preocupa em cuidar das feridas afetivas, da criança abandonada, dos magoados e dos esquecidos.
Afinal, quantos de nós não nos encaixamos em uma dessas categorias?
Comecemos, então, essa incursão ao planeta da nossa alma, ao planeta Vênus.
Amemos. Exemplos não nos faltam: Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi. E foi o Mestre Jesus quem nos conclamou a que nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou.
E frisou que devemos amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Que tal iniciarmos hoje a viagem ao nosso interior, explorando, em todos os detalhes, o planeta Vênus?
Redação do Momento Espírita, com base no artigo
Explorando Júpiter, Vênus e Marte, de Cláudio Sinoti,
da revista Presença Espírita, março/abril de 2018,
ed. LEAL.
Em 22.6.2018.
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