Momento Espírita
Curitiba, 26 de Novembro de 2024
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ícone A lei de cooperação

A espiritualidade superior ensina que o isolamento é contrário à natureza humana.

Segundo ela, o homem é instintivamente gregário por motivos providenciais.

Ele precisa progredir e o progresso é sempre fruto da colaboração de muitos.

Em regra, o homem busca a vida em sociedade por razões pessoais.

Ocorre que as criaturas possuem diferentes habilidades e caracteres.

Mediante o convívio, elas se aproveitam dos talentos recíprocos e aprendem umas com as outras.

Justamente por isso, a força de uma sociedade advém da diversidade de seus integrantes.

Quando a diversidade é valorizada, tem-se um organismo social dinâmico e eficiente.

Ao contrário, toda tentativa de uniformização, com intolerância ao diferente, implica enfraquecimento.

Pode-se entender que vigora no âmbito humano uma lei geral de cooperação.

Ela se apresenta nos mais variados contextos, dos triviais aos sublimes.

Por exemplo, Jesus encarnou na Terra para ensinar e exemplificar a vivência do bem, na conformidade dos desígnios divinos.

Dotado de extremas sabedoria e pureza, ainda assim buscou companheiros para auxiliá-lO na tarefa.

Escolheu doze Apóstolos, aos quais ministrou os mais variados ensinamentos.

Orientou-os, burilou-os e amparou-os para que no tempo devido sustentassem a vivência do Evangelho no mundo.

Os Apóstolos eram diferentes entre si.

Havia os reflexivos, os exaltados, os emotivos e os práticos.

Jesus a nenhum desprezou. Antes, soube aproveitar suas diferentes habilidades para o sucesso da empreitada evangélica.

Certamente, ao assim agir, o Mestre Divino sinalizou a importância da cooperação e da tolerância.

Dotado de poderes magnéticos desconhecidos e de extraordinária sabedoria, nem por isso quis fazer tudo sozinho.

Soube dividir o peso da tarefa com homens rudes e que não O compreendiam bem.

Esse eloquente exemplo demanda detida reflexão.

A vida em sociedade nem sempre é fácil.

Entre pessoas de visões e habilidades diversas, por vezes surgem discussões e desentendimentos.

Ocorre que o bem pujante nunca é obra de um homem só.

Toda realização de importância é sempre fruto do esforço de incontáveis envolvidos.

Apenas é preciso ser tolerante para conviver com o diferente.

A fim de que o melhor resultado surja, importa aprender a admirar opiniões divergentes.

Não apenas tolerá-las, mas valorizá-las, no que apresentem de positivo.

Sem dúvida, é possível agir sozinho na luta por um ideal.

Ocorre que, quando várias mãos se juntam, o bem se multiplica e expande.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v.10, ed. FEP.
Em 18.6.2018.

 

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