O destino é um tema instigante, sobre o qual muito se debate.
As opiniões costumam divergir bastante.
Alguns admitem a existência do destino, ao passo que outros a repudiam.
Há quem afirme que tudo o que ocorre já está previamente traçado.
Outra corrente de opinião sustenta que apenas os pontos capitais da vida estão definidos.
Discute-se se é possível mudar o destino.
Basta observar o mundo para perceber como são díspares as vidas das pessoas.
Algumas são bonitas, inteligentes, saudáveis e possuem situação financeira confortável.
Outras vivem a braços com misérias, doenças e dificuldades.
Se há destino, como ele é definido?
Trata-se de um sorteio feito no instante do nascimento?
Alguns recebem bênçãos e, outros, desgraças?
O Espiritismo ensina que o destino efetivamente existe.
Não se trata de algo aleatório, mas que obedece a uma lei.
Há uma ordenação de índole geral, que rege a vida e a evolução dos Espíritos.
Essa lei reflete a bondade e a justiça Divinas, em seus mínimos desdobramentos.
A liberdade é um elemento imprescindível do progresso.
Todos os Espíritos são livres para pensar e agir.
Mas experimentam as consequências dos seus atos.
O que hoje se vive é reflexo do que se fez e viveu no pretérito.
Todas as atitudes preparam um caminho de sombra ou de luz.
Cada ser forja, no dia a dia, as algemas que o aprisionarão ou as asas que o elevarão ao infinito.
O bem e o mal praticados constituem o destino.
Durante a vida terrestre, não raro o homem consegue abafar a voz da consciência.
No plano espiritual, após a morte, tudo muda de figura.
O Espírito contempla, no cenário de sua consciência, os atos que praticou e as consequências que deles advieram.
Ele se vê tal qual é, sem ilusões ou desculpas.
Compara seu estado com o de entidades enobrecidas pelo cumprimento do dever, e deseja regenerar-se perante seus próprios olhos.
Entusiasmado, elabora planos de reabilitação: renascerá junto às pessoas que prejudicou.
Trabalhará duramente e na pobreza, se foi rico avarento e orgulhoso.
Reconduzirá ao bem os que levou ao vício, e assim por diante.
Esse plano configura o destino que o Espírito preparou e aceita para si.
Ele constitui um mapa de regeneração, cujo caminho deseja trilhar com ardor.
Mas a liberdade permanece regendo a vida.
A pessoa pode ou não seguir o roteiro que preparou para si.
Algumas injunções são imperiosas, como a família e o meio social em que se nasce.
Entretanto, o comportamento digno ou indigno em face das dificuldades resulta de opções feitas na nova vida.
Se o Espírito optar pelo bem e lutar com galhardia, ressurgirá enobrecido perante a própria consciência.
Caso contrário, terá atrasado o resgate de seus erros e dado causa a maiores angústias em seu futuro.
Mas, cedo ou tarde, trilhará a rota da libertação, pois o progresso é uma Lei Divina inexorável.
Assim, liberdade, responsabilidade e mérito são a essência da Lei do destino.
Cada qual faz o seu.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 30.5.2018.
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