A humildade é uma das mais difíceis virtudes a ser conquistada.
Humildade significa virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações. Modéstia, simplicidade.
Para alcançá-la precisamos nos despir do orgulho exacerbado aceitando que não somos infalíveis, que nem sempre estamos certos.
Aceitar que nos encontramos a caminho, como os demais, que longa ainda será a jornada que nos cabe empreender.
Fundamental, nesse processo de conquista da humildade, o autoconhecimento que nos permitirá a consciência de como estamos, tanto em limitações como em qualidades conquistadas.
Sim, porque ser humilde é aceitar plenamente os próprios defeitos e qualidades, sem a necessidade de invocar a vaidade.
A humildade é essencial para os relacionamentos sadios.
Quando somos humildes, respeitamos o próximo e, por nos reconhecermos igualmente imperfeitos, manifestamos compaixão para com os que erram.
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No nosso processo evolutivo, mudar hábitos arraigados, cultivar virtudes, mais que necessidade, nos constitui um grande desafio.
É preciso nos conscientizarmos dessa necessidade e utilizarmos os recursos possíveis para alcançarmos o objetivo.
As virtudes, uma vez conquistadas, passam a fazer parte da nossa riqueza espiritual.
Não existe mercado que as venda, nem quem nos possa presenteá-las. Preciso é que atentemos para a necessidade do seu cultivo na própria intimidade, desde que todos as trazemos em germe.
A fé raciocinada nos pode ser auxiliar, nesse objetivo.
Para a conquista da humildade, essa flor linda e delicada que deve florir no jardim de nossos corações, precisamos, principalmente, nos conscientizar da nossa pequenez e das nossas dificuldades.
Nada melhor do que nos dispormos à oração sincera, numa rogativa de quem conhece as próprias deficiências e as fragilidades da alma:
Deus de misericórdia!
Se algum êxito me busca, deixa-me perceber a Tua bondade sobre a fraqueza que ainda sou.
Deus de misericórdia!
Auxilia-me a conservar o anseio de encontrar-Te.
Quando haja tumulto, ao redor de mim, guarda-me o silêncio interior em que procure ouvir-Te a voz.
Diante dos outros, consente, Pai, que Te assinale o infinito amor, valorizando-me a insignificância, através daqueles que me concedam afeto.
Se aparecerem adversários em meu caminho, faze-me vê-los como sendo instrumentos de trabalho, dentre aqueles com que me aperfeiçoas.
Na alegria, induze-me a descobrir-Te a proteção paternal, estimulando-me a seguir para a frente.
Na dor, fortalece-me os ouvidos para que Te escutem os chamamentos de paz.
E, quanto mais possa conhecer, em minha desvalia, os recursos iluminados do oceano de mundos e de seres que construístes no Universo,
Concede-me, Deus de misericórdia,
Que eu tenha a simplicidade da gota d'água que, embora unicamente anônima gota d'água, se sente tranquila e feliz porque se vê capaz de refletir-Te a luz no brilho eterno da Criação.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Oração por humildade, do livro Amizade, pelo Espírito
Meimei, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. IDEAL.
Em 18.5.2018.
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