Mãe... São três letras apenas as desse nome bendito. Também o céu tem três letras e nele cabe o infinito.
Para louvar a nossa mãe, todo bem que se disser nunca há de ser tão grande, como o bem que ela nos quer.
Palavra tão pequenina, bem sabem os lábios meus, que és do tamanho do céu e apenas menor do que Deus!
* * *
A história de Ada Keating, de noventa e oito anos, e de seu primogênito Tom, de oitenta, é uma prova de quão forte e belo pode ser o vínculo entre mãe e filho.
Atualmente, ambos moram no mesmo asilo, em Liverpool, no Reino Unido. Tom nunca se casou e tampouco teve filhos. Por conta de sua doença, precisou se mudar para a casa de repouso.
Nessa ocasião, sua mãe não teve dúvidas: mudou-se para junto do filho, a fim de cuidar dele.
Eu digo Boa noite a Tom em seu quarto todas as noites e, pela manhã, eu o acordo com um beijo e um Bom dia, relata a mãe dedicada.
E afirma Tom: Agora estou ainda mais feliz, tendo minha mãe por perto. Ela é realmente muito boa em cuidar de mim. Eu a amo infinitamente.
* * *
Jesus, o Rabi da Galileia, por conhecer o verdadeiro valor das mães, no madeiro da cruz nos entregou Sua própria mãe.
Crucificado, ternamente busca os olhos de Maria: Mãe, eis aí o teu filho.
Em seguida, procura os olhos de João: Filho, eis aí a tua mãe.
Nesse instante, Jesus revela a sagrada missão de Maria, estendendo sua maternidade a todos nós, ali representados pelo discípulo.
Em todas as mães, encontramos as mãos acolhedoras da Mãe Santíssima.
Mães que, amando desinteressadamente, em seus ventres renovam a Humanidade e, por meio de seus corações amorosos, revelam o mundo aos seus filhos.
Mães que, dedicadas, embalam os filhos, que em seus braços crescem. Ao mesmo tempo, através de seus exemplos, velam por toda a Humanidade que se desenvolve e progride.
Mães que sorriem; que choram; que permitem a partida dos filhos; que os recebem de braços abertos; que se magoam; que perdoam; que são acolhidas; que, por vezes, são abandonadas.
Mas que nunca, jamais, esquecem ou deixam de amar os filhos que o Criador a elas confiou.
Muito obrigado, Senhor, por nossas mães. Por meio delas recebemos o sopro da vida, do qual Tu és a fonte, o sustento e o destino.
Auxilia-nos a reconhecer nelas a Tua presença, o Teu amor, a Tua generosidade, a Tua misericórdia.
Olha, Pai, pelas mães que sofrem com a ingratidão, por aquelas que, ajoelhadas ao lado dos filhos doentes, oram e esperam em Ti.
Por aquelas cujas mãos são calejadas pelo trabalho árduo, a fim de oferecer o sustento aos rebentos de seu amor, e por aquelas que não Te conhecem.
Olha por todas as mães, Senhor.
Que de Tuas mãos aprendamos, homens e mulheres, a cultivar a maternidade, para que de nós nasça o bem, a justiça, a caridade, a verdade, o amor e a paz.
* * *
Mãe, teu nome tem três letras apenas: M, de Maria, o exemplo; A, de amor, o sentimento que te move; E, de ensino, pois que ensinas a voar, a sonhar, a pensar.
E sabes, mãe, que em cada voo, em cada sonho, em cada pensamento estará a semente que tu plantaste e cujos frutos se multiplicarão por toda a eternidade...
Redação do Momento Espírita, com base em
dados biográficos de Ada Keating e com citação de
versos do poema Mãe, do livro Lili inventa o mundo,
de Mário Quintana, ed. Gaudí.
Em 7.5.2018.
Escute o áudio deste texto