O homem, através dos tempos, reconhecendo sua própria fragilidade, concebeu a existência de seres especiais que o defendessem dos maus.
Entre todos os povos, surgiram as lendas e abundaram as histórias de seres dotados de poderes mágicos, alguém com superpoderes. Ou guerreiros de extraordinária força.
Para a imaginação infantil, foram concebidos heróis de todas as formas e espécies: aqueles que salvavam as donzelas dos dragões; os que derrotavam os maus em combates extraordinários; os que vinham em socorro do povo maltratado pela tirania.
Transferidos para as histórias em quadrinhos, faziam a diversão dos pequenos e de muitos adultos que, semana a semana, aguardavam a continuidade dos episódios eletrizantes.
Posteriormente, esses heróis tomaram conta das telas televisivas, com suas peripécias e conquistas.
Foi assim que surgiu o príncipe Adam, do reino de Eternia. Possuidor de uma espada mágica, ele a levantava na direção do céu e proclamava: Pelos poderes de Grayskull... E se transformava em He-man.
Uma vez completa a transformação, ele dizia: Eu tenho a força! E partia, como um guerreiro mágico que era, a lutar contra o mal, utilizando de sua agilidade e superforça.
* * *
Possivelmente, alguns de nós, ante problemas graves, apreciaríamos ter em mãos essa espada mágica que nos conferisse poderes de solução rápida e segura.
Embora não nos demos conta, somos todos dotados de um grande poder. Infelizmente, nos esquecemos de acioná-lo, devidamente.
Esse poder se chama vontade.
A vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental. É o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.
A eletricidade é energia dinâmica. O magnetismo é energia estática. O pensamento é força eletromagnética. A vontade, contudo, é o impacto determinante.
Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina. O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria.
Na vontade temos o controle que dirige essa energia mental nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.
Só a vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do Espírito.
Vontade. Vontade de acertar, de fazer, de crescer. Vontade de superar os óbices que se apresentam e seguir em frente.
Importante que aprendamos a acionar essa força, mais vezes. Dizermos a nós mesmos que somos capazes e que alcançaremos o objetivo a que nos propomos.
Que lutaremos contra a enfermidade que nos toma de assalto as energias e batalharemos para que ela não nos vença.
Que equacionaremos os problemas que nos impedem o crescimento e seguiremos em frente, galgando degrau a degrau, mesmo devagar, mesmo precisando nos deter um pouco antes de prosseguir.
Vontade, comandante de nossa energia mental. Pensemos nisso e não nos detenhamos tanto a examinar as nossas fraquezas e admitir as nossas dificuldades.
Digamos a nós mesmos que somos capazes, que avançaremos mesmo que sejam milímetros, que iremos adiante.
Digamos para nós mesmos: eu tenho a força. Ela se chama vontade.
E nos transformemos nos conquistadores e heróis de nós mesmos.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2,
do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 23.3.2018.
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