Em determinado programa televisivo, assistimos a um depoimento inédito.
O entrevistado é diretor de um colégio do nosso país e fez questão de detalhar o seu empreendimento, incentivado pela apresentadora.
Expôs a sua maneira de dirigir a escola e como isso está modificando o comportamento de professores e alunos.
Com naturalidade, explicou que está convicto de que o exemplo sempre foi e continua sendo o melhor método de ensino.
Relatou que, ao chegar ao colégio, percebeu que os professores faziam suas refeições em local diverso dos alunos.
Também que os banheiros eram diferenciados.
Para demonstrar que todos têm os mesmos direitos, embora tendo deveres distintos, colocou em prática sua maneira de educar.
Começou por entrar na fila dos alunos na hora da refeição e participar com eles da mesma mesa.
Em poucos dias os demais professores aderiram à mesma prática, criando um clima de maior aproximação entre os alunos e o corpo docente.
Ao utilizar o mesmo banheiro dos alunos percebeu a falta de cuidados, os papéis jogados pelo chão.
Começou por explicar que aquele colégio era de todos, dele inclusive, e que não gostaria de vê-lo sujo, depredado, feio.
Após uma limpeza geral, realizada por todos, o asseio, a boa apresentação foram mantidos.
A aproximação descontraída, os diálogos informais direcionados e os exemplos praticados, acabaram por aproximar, solidarizar e produzir crescimento em todos os sentidos.
Pais, professores, direção e alunos se uniram e os resultados estão sendo os melhores possíveis, concluiu, entusiasmado, o professor.
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Ser professor é assumir grande missão na vida.
A missão de estimular a consciência crítica dos alunos por meio de atividades participativas para que se sintam aptos ao exercício da cidadania.
Exemplificar cooperação, participação, efetuar trocas constantes de conhecimentos, demonstrar respeito ao próximo, conduz à autovalorização e consequente transformação do ser humano.
A instrução atua de fora para dentro, mas a educação age em sentido contrário, pois consiste em trazermos para fora as potencialidades inerentes a cada ser humano.
Da mesma forma que a planta necessita de estímulos exteriores para desabrochar e dar frutos, o ser humano precisa de incentivos e exemplos para exteriorizar sua luz interior.
Jesus conclamou: Brilhe a vossa luz!, deixando claro que temos luz em nós.
Somente a educação despertará o desejo de brilhar.
O cultivo da inteligência e o aperfeiçoamento do campo íntimo mostrarão saber e virtude, o que não se consegue somente com a instrução.
Ao se mover a vontade sem constrangimento, pode-se tocar o coração, permitindo que a luz interior brilhe.
Importante que todos nos sintamos parte da sociedade a que pertencemos.
A educação é o despertar da divindade da alma, num processo autônomo, livre, que se dá principalmente ao contato do amor do educador.
Redação do Momento Espírita.
Em 28.2.2018.
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