Momento Espírita
Curitiba, 27 de Novembro de 2024
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ícone O pão e o fermento

O pão é um dos alimentos mais antigos produzido pelo homem. Faz parte da História da Humanidade e, além de ser alimento para o corpo, simboliza também alimento para o Espírito.

Originalmente feito de maneira rústica, foi sendo cada vez mais elaborado, recebendo novos ingredientes, tornando-se macio, saboroso e de aspecto convidativo.

Para fazer um bom pão são necessários poucos ingredientes, mas deve-se respeitar o tempo de fermentação da massa.

Um bom fermento faz a massa levedar e as leveduras aerando a massa, fazem–na se avolumar deixando o pão fofo. Um fermento ruim não leveda a massa, e o pão fica pesado, difícil de ser digerido.

*   *   *

Em suas viagens de divulgação da Boa Nova, em razão do número de igrejas que havia fundado e das grandes distâncias entre elas, o Apóstolo Paulo não mais conseguia visitar pessoalmente a todas com a frequência que seria desejável.

Assim, para esclarecer dúvidas e orientar sobre as dificuldades que se apresentavam teve a inspiração de escrever cartas, conhecidas como Epístolas.

Em uma dessas cartas, endereçada à igreja de Corinto, ele alerta sobre o orgulho, o risco dos desvios no caminho e orienta sobre a necessidade da renovação, comparando as atitudes humanas ao processo de panificação.

O Apóstolo de Tarso aconselha a nos libertarmos do fermento velho, do fermento da maldade e da malícia, para nos tornarmos nova massa, sem fermento.

Em síntese, conclama a todos a usarmos da sinceridade e da verdade.

O fermento velho a que ele se referia são os vícios, as imperfeições que insistimos em manter, negando-nos ao empreendimento da reforma moral tão urgente e necessária para a nossa evolução espiritual.

Da mesma forma que um fermento de má qualidade pode arruinar os pães de toda uma fornada, dominados pelos vícios, pela maldade, pelo orgulho, pelo egoísmo prejudicaremos aos que convivem conosco.

Nossas palavras e atos têm alcance que desconhecemos. Assim como o fermento, eles podem se aninhar nas mentes alheias, levedando-as, ou seja, multiplicando-se.

Por isso, temos o dever de cuidar da qualidade do que espalhamos ao nosso redor, sejam palavras, vibrações ou ações.

*   *   *

Que tipo de fermento e de pão estamos oferecendo a quem convive conosco? Com quais sentimentos estamos alimentando o Espírito de quem nos rodeia?

Afinal, que espécie de pão estamos produzindo? De qualidade macia, gostoso ao paladar? Ou um pão amargo, duro, sem a menor condição de fazer bem a quem dele se alimente?

É possível fazer um pão sem fermento. Mas, mesmo nesse caso, a qualidade dos ingredientes é importante.

Se não dispomos do fermento que multiplica o bem, podemos fazer um pão bem fino, mas, com os ingredientes da verdade e da sinceridade, como recomendou Paulo.

E sempre podemos aprender a produzir um bom fermento, buscando-o nas palavras e no exemplo daquele que é o Pão da Vida, por excelência, nosso Mestre Jesus.

Assim agindo, permitiremos que o bem fermente dentro de nós, avolumando os bons sentimentos e espalhando-os entre aqueles que convivem conosco ou que de nós se possam acercar, de alguma forma.

Pensemos nisso.

 Redação do Momento Espírita, com base no cap. 108,
do livro
Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB e na
1ª Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. 5, versículos 7 e 8.
Em 19.2.2018.

 

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