Existem muitos locais de dor, na face da Terra. Lugares devastados por terremotos, maremotos, tsunamis. Cidades destruídas pela fúria dos ventos e das tempestades.
Outros tantos criados pelo homem: grupos de confinamento como os campos de refugiados, onde se concentram homens, mulheres, crianças, quase sempre em condições sub-humanas.
Criaturas que fogem de seu país, em busca de uma vida para si e para seus filhos. E que se somam aos milhares.
Locais de sofrimento, onde se misturam a dor, a fome, as necessidades básicas como a de ter um cantinho para chamar de seu.
Como esses, existem tantos outros. Hospitais onde grassam as enfermidades, onde a morte ronda, o sofrimento se alastra.
Presídios superlotados com celas insalubres onde se misturam os transgressores dos mais diversos delitos.
São locais que nos estarrecem pelos quadros que apresentam. Alguns de nós, emocionalmente mais frágeis, nos eximimos de visitar porque dizemos que nos entristecem, deprimem.
Ou então porque os tememos, como se nos fossem contaminar com sua atmosfera enfermiça.
No entanto, por detrás de tantas dores, existem corações aflitos sempre presentes.
São os corações das mães. Elas sempre estão junto ao filho que sofre.
Sabe-se perfeitamente que o amor de mãe é considerado como o mais sublime sentimento que o ser humano pode abrigar.
Um amor tão grandioso que não cabe em palavras, não se traduz em gestos.
É o amor que tudo compreende, tudo espera e tudo suporta.
São as mães que se postam ao lado do leito do filho enfermo para velar, noites adentro, madrugadas afora, por dias, semanas, meses.
São as mães que jamais perdem a esperança mesmo quando as equipes de busca afirmam que, sob os escombros, possivelmente não se encontram mais sobreviventes.
São as mães que, nos dias de visita, formam longas filas, aguardando sua vez de adentrar nas prisões, para consolar os seus filhos.
Filhos que elas geraram, acalentaram e que, crescidos, partiram, infringindo leis, realizando sandices.
Mas, que continuam seus filhos.
* * *
Um coração de mãe jamais abandona o filho das suas entranhas. Mesmo quando a morte a arrebata, da Espiritualidade ela permanece vigilante.
Por isso, embora tenhamos nosso anjo de guarda, designado pelo amor de Deus, guardemos a certeza de que igualmente temos o amor de mãe que, junto a nós ou no mundo espiritual, continua a velar por nós.
E, caso ela não tenha condições de nos auxiliar diretamente, suas rogativas atravessarão os céus, pedindo as bênçãos da Mãe Santíssima aos que nos demoramos na Terra.
Lembremo-nos sempre de Deus, de Jesus e de nosso anjo guardião nos momentos de angústia e de dor, mas não nos esqueçamos jamais da presença infalível da mãe, em nossas vidas.
Agradeçamos a Deus nos ter permitido ter uma mãe que nos abrigou o corpo, por meses, que nos velou no berço e nos ensinou a orar.
Agradeçamos a Deus pela sua presença extraordinária.
Redação do Momento Espírita
Em 16.12.2017.
Escute o áudio deste texto