Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Um convite à ação

À margem noroeste do mar da Galileia, entre Cafarnaum e Genesaré, eleva-se o monte Eremos.

É região bucólica, fértil, onde os lírios e as tulipas se multiplicam em campos verdejantes, e os damasqueiros se arrebentam em flores e frutos, pincelados pelas multicoloridas tintas do poente que revelam, em beleza e verdade, o Criador.

Nessa paisagem tudo são convites à meditação, às coisas divinas, fazendo com o que o homem se apequene diante da grandeza de Deus.

Nesse cenário de exuberante beleza, o Mestre, subindo ao monte e nele se assentando, ensinou:

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.

Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.

Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.

Regozijai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

*    *   *

Nesse breve e ordenado sistema filosófico universal, o Espírito encontra tudo que necessita saber a respeito de Deus, além de consolo diante dos desafios que se apresentam no curso de sua jornada evolutiva.

Por meio das bem-aventuranças, Jesus sintetiza as leis morais que regem a Humanidade.

Bem-aventurados são os pobres de ambições escusas, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas.

Bem-aventurados os mansos, os gentis, os generosos.

Bem-aventurados os que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, e que compreendem que somos todos devedores, em maior ou em menor grau, no tribunal da consciência.

Bem-aventurados os que semeiam a paz e que são tolerantes com as fraquezas e com as dificuldades, próprias ou alheias.

Bem-aventurados os que silenciam diante das ofensas, das mágoas, da ira, dos sentimentos mesquinhos, e que se utilizam de todas as oportunidades para progredir, moral e intelectualmente.

Bem-aventurados os que vivem com alegria, que percebem que o que temos está de acordo com a exata medida de nossas necessidades e que a tão almejada felicidade é fruto de nossas escolhas.

*   *   *

Afirmou Mahatma Gandhi, o homem-paz: Se se perdessem todos os livros sagrados da Humanidade, e só se salvasse o sermão da montanha, nada estaria perdido.

As bem-aventuranças são, acima de tudo, um convite à ação. Assim, façamos o bem, pratiquemos a caridade, sejamos a paz. Tornemo-nos bem-aventurados!

Redação do Momento Espírita, com base no Evangelho de Mateus,
cap. 5, vers. 1 a 12 e no cap.
Versão moderna, do livro Relicário de luz,
por autores diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier,  ed. FEB.
Em 5.12.2017.

 

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