Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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As palavras bondosas são como o mel, doces para o paladar e boas para a saúde, diz Salomão, em seus versos bíblicos.

Com os Espíritos superiores aprendemos que a palavra educada é o alvorecer do coração. Conversar é mostrar por fora o que existe por dentro. Enfim, a nossa boca é a nossa ferramenta e nossa grandiosa oficina onde o artista é o Espírito.

Dessa forma, a nossa palavra pode socorrer, estimulando os caídos a se levantar, aqueles que dormem a despertar, os errados a se corrigir e os agressivos a se acalmar.

As nossas palavras são sons revestidos dos nossos sentimentos, por isso, quando falarmos a respeito do amor, falemos como quem ainda conhece muito pouco, para nós mesmos absorvermos cada frase que brote do coração.

Quando falarmos a respeito da dor, deixemos abertas as janelas da alma para compreender que amor e dor são tão parecidos que até os confundimos, ao vê-los bem de pertinho.

A criança chora de fome e o amor lhe estende pão. O doente geme e o amor lhe estende o remédio e segura-lhe a mão.

Quando falarmos sobre a paz, façamo-lo mesmo no rumor da guerra, para sermos ouvidos na mais alta voz.

Falemos da paz a quem faz a guerra tanto quanto para os que conosco vibram pela paz. E apliquemos os métodos da paz em nossas vidas porque nossas atitudes darão maior credibilidade ao nosso verbo.

Quando falarmos a respeito da fome, busquemos saciar a fome de alguém, tanto quanto aprendamos a abençoar a mesa farta do nosso café da manhã, do almoço e do jantar.

Diante de pratos que não apreciemos, recordemos os que morrem à fome, todos os dias e em vez de esbravejar por não ter nada para comer, levantemo-nos da mesa, abramos a geladeira e escolhamos algo que nos agrade para a alimentação.

Quando falarmos sobre amizade, estendamos as mãos e alcancemos os amigos, a fim de provar a nós mesmos aquilo que gostamos de dizer aos outros.

Quando falarmos a respeito da felicidade, acreditemos nela e a cultivemos, enumerando os tantos itens que constituem a nossa felicidade. Vamos, com certeza, descobrir que temos maiores motivos para sermos felizes do que infelizes.

Quando falarmos a respeito da fé, demonstremos que a nossa própria vida é regida pela fé, não nos permitindo abraçar pelo desespero, nem pela rebeldia.

Quando enfim, falarmos de Deus para as criaturas, falemos do Deus-amor que não faz distinção dos seres porque é o Criador de todos.

Falemos a respeito do Deus-Pai que abençoa todos os Seus filhos, em todas as nações, em todo o Universo, por ser o excelso Pai que aguarda a todos no Seu reino, não importando o século, a dimensão e o caminho longo, sinuoso ou curto que tenha percorrido para chegar até ele.

*   *  *

Mesmo que não saibamos, somos exemplo para alguém.

Sempre existem pessoas que estão observando os nossos atos, mesmo os equivocados, e se afinam com eles.

Desse modo somos responsáveis, não só pelo que realizemos, como também pelo que as nossas ideias e atitudes inspirem a outros indivíduos.

Cuidemos do que falamos e realizamos, para que os nossos observadores se edifiquem e ajam corretamente.

 

Redação do Momento Espírita, com base no texto Palavras e palavras,
de Daltro Rigueira Vianna; no texto
Quando falar de amor, de autoria
ignorada e no cap. CXX, do livro
Vida feliz, pelo Espírito Joanna de
Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 10.10.2013.

 

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