Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Sendo feliz

Existem pessoas que vivem sorrindo e nos vendem a imagem de que são incrivelmente felizes.

Existem pessoas de grandes posses, que desfilam em carros luxuosos, parecendo absolutamente felizes.

Existem as que abrem as suas mansões para mostrar as dependências ricamente ornamentadas, com quadros de pintores famosos, vasos delicados, porcelanas e prataria.

As colunas sociais, as revistas de variedades trazem fotos de artistas, pessoas da sociedade com largos sorrisos, nos seus iates, em bailes deslumbrantes, na viagem dos sonhos.

Tudo brilha à felicidade plena, total.

Os que lemos as reportagens, contemplamos as fotos, assistimos às imagens na TV, e nos encontramos imersos em montanhas de problemas, ficamos a imaginar como podem ser tão felizes.

Existirá felicidade plena para uns e não para outros?

Como podem poucos serem tão felizes? Será que os problemas não os alcançam? Nada existe que lhes empane a felicidade?

*   *   *

Nem tudo que se vê, é realmente como aparenta. Há muita lágrima oculta por sorrisos artificiais, muita dor escondida entre panos caros.

A aparente alegria frente às câmaras, aos holofotes, pode ser apenas disfarce para manutenção de status profissionais.

Debaixo do figurino impecável, por vezes, se escondem doenças que maltratam e amarguram.

Alguns, para a manutenção de tudo o que possuem, necessitam mergulhar no trabalho insano, que lhes consome as energias e os melhores anos de vida.

É preciso ter olhos de ver a fim de conhecermos a realidade do que nos cerca.

Enquanto nos fixamos no deslumbramento, pelo que cremos ser felicidade total, nos faltam olhos de ver outros aspectos da vida, outras necessidades, igualmente bem próximos de nós.

Como a de tantos pais que, para poderem participar da vida familiar e acompanhar o crescimento dos filhos, renunciam a cargos rentáveis, em locais distantes.

Ou de mães que abdicam da vida social intensa, para cuidar com amor e carinho de um filho especial.

De jovens que, alimentando sonhos de liberdade, permanecem junto a pais idosos ou enfermos, dedicando-lhes os cuidados devidos.

Preciso ter olhos de ver.

Ver os que desfilam felizes e alegrar-se com eles e por eles.

Também ver os que se escondem no anonimato, renunciando a quase tudo, a bem da família, dos amores.

Importante aprendermos com uns e outros.

E concluirmos que ninguém, nesta Terra, é totalmente feliz, pois a felicidade plena ainda não fez morada neste planeta.

Importante compreendermos que felicidade é uma questão pessoal. Uma questão de escolha.

Podemos ser felizes, porque estamos ao lado de quem amamos e que nos ama, mesmo que o dinheiro esteja curto e muitos sonhos devam ser adiados.

Podemos ser felizes por termos alcançado êxito no concurso, adentrando por carreira que desejamos seguir, mesmo que isso nos exija muito sacrifício.

Podemos ser felizes por assistir ao progresso dos filhos, à conquista do diploma pela companheira, ao sucesso profissional do marido.

Podemos vibrar de alegria por respirarmos, por estarmos na carne, por termos sido brindados por Deus por mais um dia de vida, neste planeta.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 28.10.2017.

 

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