Estranhas ocorrências periodicamente chamam a atenção.
A natureza parece convulsionar-se.
Ondas imensas devastam grandes áreas habitadas.
O aquecimento global provoca devastadores fenômenos climáticos.
Chove em excesso em alguns lugares, enquanto noutros faz-se desesperadora seca.
Ao lado dos fenômenos da natureza, há também tristes espetáculos produzidos pelos homens.
Atos terroristas causam vítimas incontáveis.
Guerras surgem em vários locais do planeta.
Notícias sobre corrupção não param de eclodir.
A cada dia são divulgadas notícias sobre cruéis atos de violência.
Crianças são brutalmente assassinadas, idosos são logrados, jovens são corrompidos.
No âmbito sexual, liberdade facilmente degenera em libertinagem.
Ante esse estranho contexto, não falta quem diga que a Humanidade está perdida.
Entretanto, o bem nunca foi tão operante no mundo.
A ciência descobre sem cessar a cura para enfermidades que, por longo tempo, infelicitaram a raça humana.
A tecnologia torna o viver mais suave, sob o aspecto material.
Há inúmeras organizações voltadas para a promoção do ser humano.
Incessantemente surgem leis que asseguram direitos para as minorias.
Organizações internacionais procuram interferir em países nos quais os direitos humanos são desrespeitados.
A prática do serviço voluntário dissemina-se pelo corpo social.
Há belíssimos exemplos de devotamento e abnegação.
A rigor, vive-se uma época de transição e pujança.
Sob uma atividade febril, a grandeza e a miséria humanas tornam-se visíveis.
Os meios de comunicação trazem a público o que por muito tempo foi dissimulado.
A partir das informações disponíveis, cada qual escolhe o que deseja valorizar.
Alguns se encantam com os progressos tecnológicos e científicos.
Outros valorizam as conquistas dos atletas e a abnegação dos voluntários de diversas áreas.
Mas há quem tome gosto por notícias de violência, corrupção e tragédia.
Por certo não é possível e nem desejável ignorar o mal ainda existente no mundo.
Ele deve ser identificado e combatido, com serenidade e competência.
Mas não é viável centrar no mal toda a atenção, em detrimento do bem que também se desenvolve.
A Humanidade é hoje muito melhor do que jamais o foi.
Há pouco mais de um século, havia escravos no Brasil.
Eram seres humanos que podiam ser chicoteados, vendidos e assassinados por seus donos.
Eles eram considerados apenas coisas, bens materiais de que se dispunha livremente.
Hoje a própria ideia parece escandalosa.
Mas por muito tempo ela foi considerada absolutamente natural.
A sensibilidade humana está se sofisticando.
Algumas práticas admitidas no passado hoje causam estarrecimento e revolta.
Trata-se do progresso modelando os costumes e os sentimentos.
A Humanidade está sendo preparada para uma fase mais sublime de sua existência imortal.
Nela, a fraternidade, o mérito e a justiça devem reinar soberanos.
Apresse a depuração de seu mundo íntimo vivendo, valorizando e refletindo sobre o bem.
É uma questão de escolha.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 22.8.2017.
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