Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A palavra sincera

Você sabia que a palavra sincera foi criada pelos romanos?

Eles fabricavam certos vasos com uma cera especial tão pura e perfeita que os vasos se tornavam transparentes.

Em alguns casos era possível distinguir os objetos guardados no interior do vaso.

Para um vaso assim, fino e límpido, diziam os romanos:

Como é lindo! Parece até que não tem cera!

Sine cera queria dizer sem cera, uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes.

Com o tempo, o vocábulo sine cera se transformou em sincero e passou a ter um significado relativo ao caráter humano.

*   *   *

Sincero é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou dissimulações. A pessoa sincera, à semelhança do vaso, deixa ver, através de suas palavras, os nobres sentimentos de seu coração.

Assim, procuremos a virtude da sinceridade em nossos corações. Sim, pois na forma de potencialidade, ela está lá, aguardando o momento em que iremos despertá-la e cultivá-la em nossos dias.

Se buscamos a riqueza do Espírito, esculpindo seus valores ao longo do tempo, devemos lembrar da sinceridade, desse revestimento que nos torna mais límpidos, mais delicados.

Por que razão ocultar a verdade, se é a verdade que nos liberta da ignorância?

Por que razão usar disfarces, se cedo ou tarde eles caem e seremos obrigados a enfrentar as consequências funestas da mentira?

Por que razão dissimular, se não desejamos jamais ouvir a dissimulação na voz das pessoas que nos cercam?

Quem luta para ser sincero conquista a confiança de todos, e por consequência seu respeito, seu amor.

Quem é sincero jamais enfrentará a vergonha de ser descoberto em falsidades.

Quem luta pela sinceridade é defensor da verdade do Cristo, a verdade que liberta.

*   *   *

Sejamos sinceros, lembrando sempre que essa virtude é delicada, é respeitosa, jamais nos permitindo atirar a verdade nos rostos alheios como uma rocha cortante.

Sejamos sinceros como educadores de nossos filhos. Primemos pela honestidade ensinando-lhes valores morais, desde cedo, principalmente através de nossos exemplos.

Sejamos sinceros e conquistemos as almas que nos cercam.

Sejamos o vaso finíssimo que permite, a quem o observa, perceber seu rico conteúdo.

Sejamos sinceros, defensores da verdade acima de tudo, e carreguemos conosco não o fardo dos segredos, das malícias, das dissimulações, mas as asas da verdade que nos levarão a voos cada vez mais altos.

Por fim, lembremo-nos do vaso transparente de Roma, e procuremos tornar assim o nosso coração.

 

Redação do Momento Espírita, com base no texto
A palavra sincera, de Malba Tahan.
Em 16.10.2013.

 

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