A infância é o período ideal para o aprendizado de todos nós.
Nessa fase, como uma esponja, a mente infantil melhor absorve o que lhe é apresentado. Nossos pequenos respondem, de forma positiva, aos estímulos a que os expomos.
Esse é o motivo pelo qual os aprendizados da infância parecem marcados de maneira profunda, e se refletem em nossos valores, conceitos e hábitos.
Assim, aqueles que na infância aprendemos a afetividade, o valor de um abraço, de um carinho, ao nos tornarmos adultos teremos tais expressões como naturais.
Seremos pessoas afetuosas, que conquistam e alimentam amizades, que se fazem gentis e simpáticas onde quer que se encontrem.
Porém, se formos expostos a estímulos de uma sensualidade precoce, com músicas, coreografias e comportamentos não condizentes com a ingenuidade infantil, logo nos primeiros passos da adolescência começaremos a enfrentar dificuldades emocionais.
O poder das palavras mas, principalmente, dos exemplos de mães e pais calam fundo na mente infantil.
Por isso, é necessário que reflitamos sobre o que estamos depositando na mente de nossas crianças.
Para isso, é importante que avaliemos de que maneira usamos o tempo que passamos com elas.
Os momentos da intimidade familiar são preciosos no processo da educação.
Será nessas horas que deveremos semear os valores e princípios que queremos lhes deixar, valores que marcarão sua vida adulta.
Fundamental, não esqueçamos, que falemos de Deus e das Suas obras aos nossos filhos.
Falemos naturalmente, sem exageros ou conceitos sem lógica, pois esses se desmantelarão à medida que eles forem desenvolvendo sua razão.
Falemos de Deus, mostrando a grandiosidade do céu, a beleza das flores, a providência da chuva, os benefícios dos raios solares, a carícia dos ventos brandos.
E lhes ensinemos a serem gratos a esse Criador extraordinário, Pai de amor e bondade.
Também os convidemos ao respeito à natureza, a todos os seres vivos, ao meio ambiente.
E, ensinando-os a orar, na intimidade do lar, iremos lhes oferecendo subsídios para melhor enfrentarem seus desafios, logo mais ou em anos ainda distantes.
Oração como recurso de reflexão, amparo, tranquilidade e fé. Oração como fortalecimento das próprias forças. Oração de quem se sabe filho de um Pai generoso e bom.
Envolvidos por esses conceitos nobres, nossos filhos crescerão no respeito a si mesmos, ao seu próximo, tornando-se bons cidadãos, generosos e solidários.
E, entendendo, desde cedo, a importância do respeito aos recursos que a natureza oferece, ao planeta em que vivemos, atuarão em todos os seus dias, de forma coerente e exemplar.
Falemos, portanto, de Deus aos nossos pequenos.
Que eles saibam que poderão enfrentar adversidades, que poderão sofrer revezes, mas jamais estarão sós. Porque a Providência Divina por eles vela, de forma constante.
Ofereçamos a eles o melhor legado, aquele da confiança em Deus, da dignidade, da honra, do respeito a si mesmo, a tudo e a todos.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 53,
do livro Ações corajosas para viver em paz,
pelo Espírito Benedita Maria, psicografia de
Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 15.6.2017.
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