Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Agir ou reagir?

Vez ou outra ela nos alcança. É a violência que existe nas almas e se exterioriza em palavras e ações grosseiras.

Por vezes, a impressão que temos é que a grande maioria dos seres anda armada contra seu semelhante.

São funcionários em estabelecimentos comerciais ou serviços públicos que parecem abarrotados de tarefas e, por isso mesmo, estressados.

Basta que peçamos algo a mais e pronto: lá vem uma resposta grosseira, que soa como um desabafo.

Às vezes, o que diz o funcionário não é verdadeiramente grosseiro, mas o tom de voz ou a inflexão que imprime aos seus vocábulos, agride.

São clientes que aguardam o atendimento nota dez e reclamam por não ser como desejavam.

Assim, em consultórios, é bastante comum ouvirmos reclamações acerca do atraso do profissional.

O telefone tem se tornado uma arma violenta, na boca de muitos. Através dele, as criaturas se permitem gritar, esbravejar e dizer palavras que, normalmente, face a face, corariam de vergonha em utilizar.

Pelas mídias sociais, a violência se mostra, diariamente, nos comentários amargos, críticas terríveis, como se todos tivéssemos sido eleitos juízes do comportamento alheio.

Por tudo isso é deveras importante que principiemos a nos exercitar para agir nas mais intrincadas situações, a fim de evitar cedermos à onda de agressividade e má educação, que parece levar de roldão a quase todos.

Usar expressões mágicas como: Por favor, Seria possível, Poderia me fazer a gentileza, Com licença, funcionam muito bem.

Contudo, nos prepararmos para desarmar quem agride, é imprescindível, mesmo para evitar sermos envolvidos em situações constrangedoras.

Ante um funcionário que reclama do que lhe é solicitado, podemos demonstrar solidariedade, com frases como: Você deve estar tendo um dia difícil! ou  Este trabalho é desgastante, não é mesmo?

Perante o cliente aborrecido pela mercadoria não recebida, no prazo estipulado, ou pelo horário não respeitado, nos mostrarmos dispostos a ajudar, verificar as razões da demora e informar com paciência.

Temos, de um modo geral, medo de pedir desculpas pois acreditamos que isso significa estar assumindo um erro, que nem sempre é nosso.

Entretanto, desculpar-se significa tomar ciência da frustração do cliente e atender a sua reclamação.

Em todo momento, buscar soluções é melhor do que perdermos tempo com discussões e resolve os problemas, antes que mais se agravem.

Promover a paz nem sempre significa sentar-se à mesa internacional das negociações para decidir sobre a extinção de minas terrestres ou de armas nucleares.

Mas, com certeza, quer dizer desarmar-se, amar-se e amar o próximo, propondo e dispondo-se à calma, à sensatez e ao entendimento.

*   *   *

Um sábio, andando pelas terras do Oriente, cantou versos de paz, dizendo Bem-aventurados os mansos e pacíficos porque serão chamados filhos de Deus.

Isso nos estimula a sermos amáveis, gentis com o próximo e promovermos a paz. Porque ser pacífico é ser amigo da paz.

Dessa forma, realizemos o imprescindível investimento em prol da nossa paz interior, que se estenderá ao nosso redor, beneficiando quem conosco conviva, trabalhe ou simplesmente cruze nossos caminhos.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo
 
Só discute quem quer, da Revista Seleções
Reader´s Digest, de junho de 1997.
Em 9.6.2017.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998