Nosso corpo é uma excelente máquina formada por equipamentos delicados, que são comandados pelo Espírito através do cérebro.
É assim que as trilhões de células obedecem às ordens da mente.
Quando temos a propensão para o pessimismo, o ressentimento, o desamor, cargas nocivas são elaboradas e atiradas nos mecanismos encarregados de preservar nosso organismo, produzindo muitos males.
De igual maneira, as disposições otimistas e afetuosas produzem energias refazentes, que recuperam os desarranjos momentâneos dos órgãos que constituem nossa máquina fisiológica.
Nosso corpo é um laboratório de gigantescas possibilidades, sempre suscetível de se desarranjar ou de se recompor, conforme as vibrações emitidas pela mente.
A mente é uma espécie de centro de controle que envia mensagens para todos os pontos de nossa organização física.
Baseados nisso, podemos dizer seguramente que possuímos em nós um médico interno, que o Espírito encarnado comanda, aguardando diretrizes para agir corretamente.
Esse médico está sempre disposto a nos fazer retornar ao estado natural de saúde. Basta que acionemos os comandos específicos para isso.
Quando esse médico é desconsiderado e deixa de atuar, é superado pelos fatores destrutivos, igualmente presentes na organização fisiológica, prontos à desgastante tarefa da doença com todas as suas complicações.
Esse médico interior pode e deve ser orientado pelo pensamento seguro, pelas disposições do ânimo equilibrado, pela esperança de vitória, pela total confiança em Deus e na oração, que estimulam todas as células para o desempenho correto da finalidade que lhes diz respeito.
Ficaremos livres de muitas doenças quando soubermos aproveitar essas imensas possibilidades que dormem em nós.
Descobriremos os caminhos da autocura, do diálogo amistoso com nosso corpo físico, não mais lutando contra ele, contra as dores, contra suas vontades, mas sabendo escutá-lo e compreendendo suas reais necessidades.
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O médico interno necessita de paz para trabalhar.
Ninguém consegue desempenhar um trabalho minucioso e delicado em meio à balbúrdia, à agitação.
Silêncio. Proporcionemos a nós mesmos momentos de silêncio interior.
Caso não tenhamos condições de fazê-lo por conta própria, peçamos ajuda. Utilizemos alguma das inúmeras técnicas de meditação, de autoencontro e de recolhimento disponíveis no mundo.
Tranquilizemos a mente agitada. Façamos exercícios saudáveis. Mudemos o foco dos pensamentos.
Agradeçamos pela vida. Agradeçamos pelo corpo que recebemos. Vibremos pela saúde dele, desejando que possa estar em plenas condições de usufruir as oportunidades da existência.
Nunca nos revoltemos contra ele. Não sejamos inimigo de suas dores. Aprendamos com elas porque estão apenas sinalizando um local que pede nossa atenção imediata, uma região em desequilíbrio.
Desejemos saúde a nós mesmos, diariamente, da mesma forma que desejamos aos seres que mais amamos. Cuidemos do corpo e dos sentimentos e emoções.
Nosso médico interno fará o resto.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 20,
do livro Desperte e seja feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 31.5.2017.
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