Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone União duradoura

Embora as transformações na forma de viver, ocorridas ao longo dos tempos, as pessoas ainda enfrentam dificuldades para encontrar a própria felicidade.

Entre essas, apresenta-se a formação de um novo lar.

Aprendemos que o casamento é um progresso na marcha da Humanidade e que a sua abolição seria uma regressão à vida dos animais.

Isso deixa claro que a união de um casal é uma lei natural, uma lei divina.

Na atualidade existem várias modalidades de união, no entanto, percebe-se que o mais importante é o convívio diário.

Algumas pessoas optam por nenhuma cerimônia, outras escolhem realizar uma cerimônia tradicional, com pompa, banquete ou recepção requintada, música ao vivo, registros em vídeos e fotos.

Entretanto, temos que convir que o mais importante para o relacionamento de um casal não é nenhum desses itens.

A grande e real diferença, aquela que definirá a boa qualidade do convívio a dois, está entre estar preparado e saber ou não saber viver em harmonia.

Por vezes, casamos entre festas e roupas elegantes, partimos para uma viagem inesquecível, montamos nossa casa com capricho e somos felizes.

De outras vezes, acontece que, mesmo fazendo tudo isso, ao retornar da lua de mel, nos damos conta de que assim que a festa acabou, nada restou. Tudo eram aparências, inclusive o respeito e o amor.

Portanto, o mais importante é construirmos o novo ninho entrelaçando sonhos e ideais, de forma constante e prazerosa no dia a dia.

É concretizarmos juntos um ideal de vida que pode ser simples e modesto, mas que traga a marca de quatro mãos na sua construção.

É saber somar e dividir tanto as contas como os sentimentos. É saber cobrar e ceder, nas tarefas e nos carinhos.

É chorar e sorrir juntos, e juntos resolver problemas e comemorar os sucessos.

É compartilhar ideias, o trabalho, as dores, os receios, as alegrias.

É plantar flores juntos e colhê-las ainda juntos.

É prepararmos aquele jantar muito especial, em noites de chuva e frio.

É contabilizarmos as frustrações e juntos buscarmos novas alternativas.

É nos conhecermos um ao outro, um pouco mais a cada dia, doando-nos sempre.

É perdoarmos e sermos perdoados em nossos pequenos deslizes.

É ajudarmos e sermos ajudados em nossas dificuldades.

É sabermos respeitar e sermos respeitados, sempre.

Tudo isso nada tem a ver com a forma nem a pompa de uma união.

O que conta, realmente, é a sinceridade dos sentimentos e a vontade de juntos construir um futuro de realizações maiores.

É sermos parceiros, solidários em qualquer circunstância.

É sermos felizes, construindo a felicidade a dois.

É amarmos no sentido mais nobre do termo, sem cobranças nem exigências.

É respeitarmos o cônjuge escolhido, com seus limites e possibilidades próprias.

É oferecermos a maior e melhor parte de nós para o ninho de amor ser aconchegante e feliz.

O casamento ideal é feito sempre de doação, porque o verdadeiro amor não é o que se recebe, mas sim o que se doa.

Façamos de nossa união o ninho acolhedor com que sonhamos.

 

Redação do Momento Espírita, com base
nos itens 695 e 696 de
O livro dos Espíritos,
 de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 27.5.2017.

 

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