Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Propriedade verdadeira
 

Um dia, um homem que acreditava na vida após a morte, e que valorizava o ser mais que o ter, hospedou-se na casa de um materialista convicto, em bela mansão de uma cidade europeia.

Depois do jantar, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de artes e começou a enaltecer os bens materiais que possuía, de maneira soberba.

Falou que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante sua vida na Terra.

Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, joias, títulos, valores diversos.

Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua convicção de que os bens da Terra não nos pertencem de fato e que, mais cedo ou mais tarde, teremos que deixá-los.

Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas intelectuais e morais e não as posses terrenas, sempre passageiras.

No entanto, o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono de tudo aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos os seus bens não lhe pertenciam.

Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo.

Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cincoenta anos, está bem?

Ora, disse o dono da casa, daqui a cincoenta anos nós já estaremos mortos, pois ambos temos mais de sessenta e cinco anos de idade!

O hóspede respondeu prontamente: É por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com mais segurança, pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas mãos mas, na verdade, nada disso lhe pertence de fato.

Chegará um dia em que você terá que deixar todas as posses materiais e partir, levando consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes do Espírito imortal. E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente rico ou não.

O homem materialista ficou contemplando as obras de arte, ostentadas nas paredes de sua galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro.

*   *   *

Que diferença fará daqui a cem anos se você morou em uma mansão ou num casebre?

Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente?

Se comeu em pratos finos ou numa simples marmita?

Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro?

Se teve um carro de última geração ou andou de ônibus?

Se pisou em tapetes caros ou sobre o chão batido?

Se teve grande reserva financeira ou viveu com um salário mínimo?

Que diferença isso fará daqui a cem anos?

Nenhuma! Absolutamente nenhuma!

No entanto, o que você fizer do seu tempo, na Terra, fará muita diferença em sua vida, não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade.

Por essa razão, vale a pena pensar no que realmente tem valor duradouro e efetivo, considerando-se que você é um ser imortal, herdeiro de si mesmo, de cujos atos terá que prestar contas à própria consciência.

Pense nisso. Mas pense, agora!

 

Redação do Momento Espírita
Em 18.10.2010.

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