O físico alemão Albert Einstein que, entre seus principais trabalhos desenvolveu a teoria da relatividade, escreveu interessante depoimento, que merece ser lido, ouvido e meditado:
A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.
Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia ateia.
Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam ideias que datam de 1880.
Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas.
No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que esses cientistas costumam pressupor.
Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis.
Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.
Alguns O representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos.
Desejam colocá-lO ao seu serviço, por meio de fórmulas mágicas.
É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos. Outros O representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.
Outros, enfim, o entendem como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.
A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico.
Este é o semeador da verdadeira ciência.
Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa sonhar e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias; a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas.
Esse conhecimento, esse sentimento, está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos.
Essa convicção, profundamente emocional, na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível, é a ideia que faço de Deus.
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Quando o homem se detém a contemplar o fulgor das estrelas no firmamento, constata a grandeza da Criação.
Sente emocionado a presença da Divindade a se refletir em cada astro, em pleno universo.
E constata que, sem o amor de Deus que tudo vitaliza, a Criação voltaria ao caos do princípio.
Redação do Momento Espírita com base no texto A fé de Einstein,
do site http://www.guia.heu.nom.br/fe_de_albert_einstein.htm
e no verbete Deus, do livro Repositório de sabedoria, v. 1,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL.
Em 26.4.2017.
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