Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Nosso destino

Marina havia deixado sua terra natal para acompanhar os pais idosos, que desejavam conhecer o outro lado do mundo.

Sentia-se feliz por ter a oportunidade de conhecer outro país, outra cultura, outros costumes.

Alugaram uma pequena moradia à beira mar, junto aos coqueiros, imaginando permanecer naquele local por alguns meses.

Tudo era novidade. A praia imensa, a alimentação diferente, pessoas alegres, clima quente, sol brilhante...

Enfim, tudo muito agradável, propiciando passeios longos, momentos de descanso debaixo dos coqueiros, leitura amena nos finais de tarde.

Passados seis meses, o pai adoeceu repentinamente e, embora todos os cuidados, não resistiu.

A mãe entristeceu, sentiu-se desprotegida. Marina procurava demonstrar fortaleza moral, a fim de não se tornar motivo de preocupação e maior tristeza.

Decidiram por retornar à pátria. Mas, enquanto faziam os preparativos, a mãe enfermou, logo deixando também a vida física e a filha.

Agora foi a vez de Marina se sentir desprotegida e só. A melancolia a envolveu.

Sentia-se triste por ter perdido a presença física dos pais, por estar longe de sua terra. Sentia saudade do seu povo, dos seus costumes, dos seus amigos.

Seria seu destino ficar naquele país, sozinha e triste? Não seria melhor retornar para sua terra onde poderia voltar a ser feliz?

Certo dia, abriu o coração com algumas pessoas, que conhecera no transcorrer daqueles meses.

E nelas descobriu amigas, que a convidaram a se integrar na comunidade. Levaram-na a conhecer o artesanato local.

Depois a conduziram ao templo de sua fé, estimulando-a à oração, estabelecendo confiança em Deus, Pai de amor e bondade.

Marina se deu conta de que poderia ser feliz, ali mesmo.

Mais tarde, já melhor adaptada, contraiu matrimônio e refez sua vida.

*   *   *

Nossas vidas dependem somente de nós.

Imaginamos, muitas vezes, que nosso destino esteja traçado, e que nada podemos fazer para alterar o que está estabelecido.

No entanto, a cada segundo, a cada iniciativa, a cada ação que empreendemos, definimos como será o nosso amanhã.

Mudamos nossa trajetória a cada decisão que tomamos, a cada escolha que fazemos.

Somos os senhores dos nossos destinos.

Naturalmente que nada nos acontece por acaso. Tudo se encontra dentro das leis que regem a vida. E essa lei estabelece que a cada ação corresponde uma reação.

A cada semeadura, a respectiva colheita.

Quando problemas nos alcançam, quando as dores nos pareçam superlativas, lembremos que neste planeta tudo é transitório.

Se hoje a tempestade se faz intensa, as nuvens escuras escondem o azul do céu, logo mais o sol voltará a brilhar e o dia a sorrir.

E para nossa felicidade não importa onde nos encontremos, desde que tenhamos fé e esperança a guiar os nossos passos.

Tudo dependerá das nossas escolhas, da forma como nos conduzimos na vida, do que espalhamos pelas estradas que percorremos.

Dores, dificuldades, fazem parte do contexto do planeta em que nos encontramos. Mas a felicidade é possível. Basta que aprendamos a tudo olhar através dos vitrais do otimismo, da fé e da esperança.

Redação do Momento Espírita.
Em 15.4.2017.

 

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