Máximo Ribeiro vem de uma família de agricultores do Vale do Ribeira, região ao sul do Estado de São Paulo.
Na infância, trabalhou na lavoura e passou anos sem frequentar a escola.
Começou a estudar ao se transferir para a região urbana do Vale, a fim de trabalhar em um complexo industrial.
Aos trinta e dois anos, concluiu o ensino médio, através de um curso supletivo. Formou-se em matemática, pedagogia e fez duas pós-graduações na área educacional.
Foi professor por mais de uma década. Em 2013, tornou-se diretor de uma escola municipal em Cajati, também no Vale do Ribeira.
Logo percebeu a dificuldade dos alunos em efetuar as operações de matemática básica. Então, utilizando jogos e materiais reciclados, passou a promover atividades estimulativas ao aprendizado matemático.
As consequências logo se fizeram presentes: melhorou o desempenho escolar dos estudantes e aumentou a nota da escola no índice estatal que mede o desempenho dos alunos.
Afirma o educador: Claro que minha trajetória tardia de estudos teve momentos difíceis. Todavia, meu sonho sempre foi maior que qualquer obstáculo pelo caminho. Hoje, ajudar os meus alunos a realizarem os seus sonhos é o meu maior objetivo.
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Uma escola de rico para os pobres. Tal era o lema do casal Thereza e Belmiro Castor. Ambos decidiram usar o tempo livre para criar uma instituição gratuita de ensino para crianças da cidade de Piraquara, zona rural da capital paranaense.
Queríamos uma escola que tivesse toda a estrutura e o atendimento das escolas particulares para atender crianças necessitadas, diz Thereza.
O sonho se realizou: o Centro Educacional João Paulo II começou a funcionar em 2010, financiado por um grupo de amigos do casal.
Nos dias atuais, atende aproximadamente trezentos alunos, com ensino integral para crianças de três a cinco anos.
E, aqueles de seis a quatorze anos, após o ensino regular, frequentam o Centro, que lhes oferece aulas de português, matemática, literatura, além de teatro, caratê, futebol, artes, música e dança.
Incontáveis são as histórias colecionadas pela educadora e que comprovam o impacto do projeto na vida da comunidade.
A visão de futuro das crianças e de seus familiares passou a ser outra, afirma ela. Acompanhar os sonhos delas se realizando é a nossa maior conquista.
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Muitas vezes dizemos que carecemos de condições materiais, físicas e até mesmo intelectuais para realizar o sonho de alguém.
E não nos faltam desculpas e um grande elenco de motivos para afirmar a nossa incapacidade.
Entretanto, os sonhos de nossos semelhantes são de tantos matizes, de tantas dimensões que sempre existirão aqueles que seremos capazes de concretizar.
Não fechemos os olhos! Sejamos realizadores de sonhos!
Se não nos acreditarmos capazes, não encontrarmos tempo ou as condições necessárias, lembremos das palavras do Mestre da Galileia: Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos é a mim que o fazeis.
Pensemos nisso! Façamos isso!
Redação do Momento Espírita, com base nos dados biográficos
de Máximo Ribeiro e Theresa Elisabeth Castor, com transcrição
do capítulo 25, versículo 40 do Evangelho de Mateus.
Em 27.2.2017.
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