Pelos caminhos da vida, um amigo invisível nos acompanha: nosso anjo guardião.
Designado por Deus para acompanhar nossos passos na longa jornada pela Terra, esse Espírito nos aconselha, auxilia e pacifica nos momentos de crise.
Também em nossas vitórias, quando sorrimos felizes, ao nosso lado está o divino emissário, em silenciosa prece de gratidão a Deus.
Devemos pensar nele como um irmão mais velho, um companheiro que nos dedica a amizade mais pura e desinteressada.
Estar em contato com esse bom companheiro é essencial. E podemos fazê-lo pela prece, em momentos de meditação.
Para escutá-lo, é preciso silenciar a mente, acalmar o tumulto interior. Afinal, quem consegue ouvir algo quando tudo em volta é ruído?
Assim, com a mente calma, ouviremos a voz do anjo amigo. Não será uma voz física, mas a voz interna, que ressoa apenas na alma.
Os conselhos desse amigo celeste se farão ouvir pela intuição. É que Deus não quer que o anjo guardião faça o nosso trabalho maior, que é nos tornarmos pessoas melhores.
A nossa tarefa de autoaprimoramento é individual, intransferível. A figura do anjo guardião é um recurso que Deus utiliza para nos dar apoio. Mas a tarefa é nossa.
E isso acontece para que cada um de nós tenha o mérito pelas boas obras e atitudes que pratica. É o nosso livre-arbítrio, nossa liberdade de escolher o bem, o belo e o amor.
Deus deseja a nossa felicidade. Ele nos dotou de força de vontade, inteligência e sensibilidade para que todos nós possamos progredir intelectual e moralmente.
Se outra pessoa tomasse decisões por nós, qual seria o nosso mérito? Dessa forma, também não aprenderíamos as lições que a vida oferece.
O fogo da experiência nos engrandece: traz maturidade, compreensão, paciência.
Na imensa escola que é o mundo, somos estudantes que têm deveres a cumprir, conteúdos a aprender.
Nesta escola, há outros mais adiantados, que ajudam os que estão iniciando. Esses são os anjos guardiães ou Espíritos protetores.
Eles não nos substituem, nem tomam as rédeas de nossa vida. Eles sugerem, aconselham, consolam.
E como fazem isso? Quando falamos com eles? Fazem isso por sugestão mental e pela intuição. Também nos aconselham quando estamos dormindo.
Sim, nessa hora em que estamos libertos do corpo, entramos em contato com o mundo espiritual. E nele vive nosso anjo guardião.
Por isso os Espíritos protetores são sempre mais adiantados. É que precisamos de sua sabedoria para nos orientar.
São sábios, pois somente um sábio poderia respeitar o livre-arbítrio quando seu protegido faz enormes tolices e sofre por causa delas.
É esse Espírito protetor que nos ouve nas horas calmas, quando aparentemente falamos para as paredes; quando lamentamos as oportunidades perdidas; quando admitimos a nossa imperfeição.
Há coisas que falamos apenas para nós mesmos. Mas Deus as ouve. E determina ao Espírito amigo que também as escute.
Nessas horas, quando a solidão nos alcança, a tristeza desaba sobre nossas cabeças e o desânimo se faz presente, o anjo de guarda nos abraça.
Enlaça a nossa alma cansada, embala o nosso sono. Suas lágrimas regam nossa estrada, seus sorrisos iluminam nossos dias. Porque a missão dessa alma generosa é seguir conosco e nos amar.
Redação do Momento Espírita.
Em 17.2.2017.
Escute o áudio deste texto