Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Previsões que deram errado

Como lidamos com os obstáculos que o mundo apresenta em nossa caminhada?

Como recebemos as oposições das pessoas, em relação a nossas habilidades, ao nosso potencial?

Do que realmente somos capazes?

Alguns casos célebres de previsões e julgamentos do mundo que deram errado, talvez possam iluminar estas reflexões e inspirar nossa jornada:

Após o primeiro teste cinematográfico de Fred Astaire, o memorando do diretor de testes da MGM, datado de 1933, dizia assim:

Não sabe representar! Ligeiramente calvo! Dança um pouco.

Astaire conservou este memorando pendurado sobre a lareira, em sua casa em Beverly Hills.

Beethoven segurava o violino desajeitadamente, e preferia tocar suas próprias composições, ao invés de aperfeiçoar sua técnica.

Seu professor julgava-o um compositor sem futuro.

Os pais do famoso cantor de ópera Enrico Caruso queriam que ele fosse engenheiro.

Seu professor lhe disse que ele não tinha voz e que não poderia cantar.

Um dos professores de Albert Einstein o descreveu como: Mentalmente lento, insociável e eternamente mergulhado em seus sonhos imbecis.

Louis Pasteur foi apenas um aluno mediano nos estudos do ensino fundamental. Ficou em décimo quinto lugar entre os vinte e dois alunos de química.

Dezoito editores recusaram a história de dez mil palavras de Richard Bach sobre a gaivota sublime. Finalmente, em 1970, uma editora resolveu publicá-la.

Em 1975, havia mais de sete milhões de exemplares vendidos, apenas nos Estados Unidos.

*   *   *

Todos esses expoentes mostraram ao mundo que seu julgamento estava errado.

Mostraram que somos nós apenas, na intimidade de nossa força de vontade, de nosso brilhantismo secreto, os únicos aptos para saber do que realmente somos capazes.

Os julgamentos do mundo, das pessoas, são completamente insuficientes para avaliar o que somos verdadeiramente.

Avaliam situações momentâneas, cenas estanques, experiências isoladas, mas nunca aquilatam a potencialidade da alma.

Assim, todos esses gênios e tantos outros anônimos na Terra, de tempos em tempos surpreendem o mundo com seu esplendor.

Ninguém melhor do que eles conheceram a palavra obstáculo.

Mas, certamente, não encararam as adversidades, as barreiras, como a maioria de nós ainda as enfrenta.

Onde ainda vemos impedimento, oposição, eles veem superação, veem oportunidade.

Oxalá se faça próximo o dia em que possamos olhar para trás, em nossas vidas, após uma grande conquista, e dizer: O mundo estava errado. Eu fui capaz.

Celebremos a autossuperação sempre que possível.

Instauremos este hábito em nossos filhos desde pequenos, mostrando-lhes que as derrotas fazem parte do caminho, e que, ao invés de nos puxar para trás, quando bem compreendidas, nos impulsionam para frente.

E quando das vitórias, ao invés de erroneamente inflar-lhes o orgulho, fazendo comparações tolas com os outros, lembremos de lhes mostrar que estão melhores do que eram, e que isso é o mais importante.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 7, ed. FEP.
Em 16.1.2017.

 

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