Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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A vida nos oferece, com frequência, oportunidades de burilamento das nossas emoções.

Para tanto, coloca em nosso caminho excelentes professores.

Alguns são capazes de oferecer seus valores pelo exemplo. São aqueles mais maduros, que nos ensinam através do seu comportamento.

Esses exemplificam o exercício da paciência, da compreensão, sem necessidade de discursos ou conceitos. Apenas vivenciam, de forma simples e descontraída.

Entretanto, há os que nos ensinam de forma diversa. Como ainda trazem limitações emocionais semelhantes às nossas, o que apresentam são embates, em que se misturam incompreensões mútuas, discussões e intolerância sobre determinados pontos de vista.

Não raro, o resultado nos machuca, fere. Sentimo-nos violentados, enquanto, ao mesmo tempo, também reagimos, ferindo.

Como ainda nos falta a conquista da compreensão e o estofo emocional da tolerância, conflitos surgem, ganhando panoramas de complexa envergadura, donde nascem as mágoas.

Assim é que, muitas vezes, sentimentos positivos, alegres, amorosos, ainda não enraizados em nós, acabam substituídos pelo ressentimento.

Porém, todo conflito oferece oportunidade de autoconhecimento e de aprendizado.

Se nos encontramos na situação do magoado, cabe-nos estender a lição do perdão.

Se o outro nos magoou, é porque ainda tem suas limitações, suas dificuldades internas.

Devemos buscar transformar lentamente a mágoa em compreensão, o que nos permitirá cicatrizar a ferida emocional que carregamos.

Para isso, analisemos com profundidade as verdadeiras causas da nossa mágoa, pois a dificuldade em perdoar reside em nosso próprio íntimo.

Identificada a causa, esforcemo-nos por adquirir tolerância, compreensão e capacidade de perdão.

No entanto, se fomos o causador de tal sentimento em outrem, cabe-nos a busca pelas desculpas, pelo perdão e ressarcimento.

Primeiramente, necessitamos identificar o equívoco em nós, e acionar o autoperdão, pois para conseguirmos perdoar o outro é necessário nos sentirmos em paz, o que o autoperdão nos proporcionará.

Sem acomodação com a situação ou a busca de razões que nos justifiquem, mas compreendendo que somos passíveis de erro.

O passo seguinte é a busca do perdão do outro, reconhecendo nosso equívoco, manifestando sincero arrependimento.

Se ele não nos deseja perdoar, é um direito dele. De nossa parte, deixemos a porta aberta à reconciliação, enquanto seguimos em frente, sem carregar complexos de culpa, nem nos sentindo vítimas.

Nessas horas, o melhor caminho é investir esforços para modificar o próprio comportamento, alterando nossas atitudes.

Isso é aprender com os erros. Reconhecer nossos enganos, nossos próprios limites para, a partir de então, conquistar virtudes e ampliar nossas fronteiras emocionais.

Assim, de uma forma ou de outra, a lição é para a vida, para o crescimento pessoal, para o engrandecimento do Espírito.

Magoando, buscar o perdão. Magoado, oferecer a compreensão, sem albergar na alma qualquer sentimento de ordem inferior.

Pensemos nisso e procuremos agir no sentido de não guardarmos o que nos possa fazer mal ou albergarmos na alma sentimentos menos nobres.

Redação do Momento Espírita.
Em 10.12.2016.

 

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