Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone A reconciliação desejada

Márcio, por motivos comerciais, acabou atraindo a ira de um ex-companheiro que passou a agredi-lo gratuitamente.

Correto nos seus negócios, se sentia muito incomodado com aquele ataque sem fundamentos.

Lembrava do ensinamento evangélico: Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, o que o levava a tentar se aproximar do ex-companheiro.

No entanto, aquele se mantinha distante, não aceitando nenhuma aproximação.

Todas as tentativas de contato telefônico resultaram infrutíferas.

Márcio começou a se entristecer por não conseguir seu objetivo. Não demorou muito e essas preocupações, alimentadas e realimentadas, acabaram por desencadear um processo de depressão.

Naturalmente, após algum tempo, sintomas de enfermidade se apresentaram.

Márcio procurou o médico, realizou exames e recebeu medicação.

As melhoras esperadas, contudo, não aconteceram.

Preocupado, a um amigo relatou os acontecimentos e disse que não se conformava com o fato de não poder resolver a situação.

O amigo o convidou a meditar a respeito do que lhe vinha ocorrendo. Invocando a exortação evangélica da reconciliação com o inimigo, lembrou que a orientação é de se buscar o adversário, oferecendo a harmonização.

Mas, ponderou, não podemos obrigar ninguém a aceitar as nossas desculpas, a repensar os acontecimentos, numa tentativa de solução do problema.

Cada indivíduo é um ser pensante e distinto, único. Não nos cabe exigir de quem quer que seja a sua adesão à nossa vontade.

Assim, ao nos propormos fazer nossa parte, já caminhamos alguns passos na senda do acerto.

Se o outro não entendeu ou não deseja colaborar, o problema deixa de ser nosso.

Márcio sentiu uma luz adentrar-lhe o pensamento. E passou a assimilar a ideia, descontraindo-se.

*   *   *

Necessário termos ouvidos de ouvir.

Jesus, o maior psicólogo que a Terra conheceu, penetrava o imo das criaturas e sabia o que cada qual trazia em si.

Deixou-nos lições que se fazem, a cada dia, mais atuais à compreensão dos homens.

Ao sugerir a reconciliação, nos estimula à paz.

Portanto, quer dizer que devemos sim, buscar a reconciliação com o outro, fazer a nossa parte.

Se o adversário se apresenta resistente, respeitemos a sua posição.

Cada qual enxerga a vida pelo seu prisma particular e nem sempre conseguimos compreender nossos semelhantes.

Façamos hoje, o nosso melhor, auxiliando a todos, sempre que nos surgir oportunidade.

Trabalhemos para harmonizar situações ambíguas.

Oremos pelas pessoas que pensam diferente de nós.

Mostremos, de todas as maneiras possíveis, nossas intenções de paz e de amizade.

Porém, se o adversário desdenhar de nossas boas intenções, o problema passa a ser dele somente.

Tranquilizemos, assim, a nossa própria consciência.

Façamos a nossa parte, ofertemos nossa mão, nossa disposição de harmonizar, de conciliar. E fiquemos em paz.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 120,
 do livro
Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de  Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 26.11.2016.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998