A Humanidade aguardou, esperançosa, o Terceiro Milênio.
Os que lemos, de forma apressada, informações de uma ou de outra ordem, entendemos que ao raiar do século vinte e um, tudo mudaria... para melhor.
O dia haveria de amanhecer radioso e os homens seriam melhores. O mundo estaria melhor.
Contudo, passaram-se os dias, somaram-se os meses e, escoada mais de uma década, não verificamos grandes mudanças.
Ainda aguardamos que a criatura humana se esqueça de si mesma e que todos os seres nos abracemos, de forma amiga e carinhosa.
Aguardamos que se apresse o dia em que o lobo feroz beberá no mesmo regato do cordeiro.
Em que as criaturas estreitarão os corações numa doce afetividade.
Um dia no qual os templos de oração serão verdadeiros altares da natureza, nos quais os homens se reunirão para louvar ao ser supremo da criação.
Também para confraternizarem, sob os véus do trabalho e da solidariedade.
Esperamos pelo dia em que nos amaremos uns aos outros com ternura. E teremos para nosso próximo somente palavras doces, de encantamento, de bom ânimo, de alegria.
Um dia, enfim, em que o amor conseguirá superar o ódio e a amargura.
Em que os homens, irmanados, dando-nos as mãos, nos apoiaremos mutuamente e as lágrimas serão enxugadas pelo amparo irrestrito de uns para com os outros.
Como aguardamos que o reino de Deus se implante nas paisagens tristes da Terra, nos lugares onde a dor estagia e a vergonha marca com sinete de fogo os corações derrotados.
Aguardamos...
* * *
Se desejamos apressar esse dia tão esperado, preciso se faz que estendamos as mãos da caridade, que deixemos que o amor penetre pelo cérebro, desça através da voz e caminhe pela ternura das mãos, brilhando no coração.
E isso deve ser não amanhã, mas desde hoje. Não mais tarde, pois agora é o momento santo de ajudar.
Então, os que nos lamentamos, em sentindo o apoio dos irmãos, recobraremos o ânimo para suportar os embates.
Os que nos encontramos sozinhos, nos sentiremos amparados ao escutarmos as vozes a nos segredarem aos ouvidos: Aqui estamos, os que vos amamos. Somos irmãos. Prossigamos juntos.
Em nossos lares, haveremos de amar nossa família, honrando-a com nossos beijos de carinho. Amaremos, enriquecendo de vida, os que estão sedentos de amor e esfaimados de compreensão.
Teremos, para cada um, momentos de paciência, dedicação, na compreensão de que se o Senhor nos reuniu sob o mesmo teto, razões muito poderosas assim o determinaram.
Razões que têm a ver com o progresso, com nosso crescimento espiritual.
E, por essa razão, nos cabe nos utilizarmos de cada hora de cada dia.
Haveremos de aguardar, então, o raiar de um novo dia com esperança redobrada, certos de que o Celeste Amigo vela por nós.
Finalmente, certos de que Ele conta conosco, com nossa ação direta, precisa, para a instauração do mundo de paz, de que tanto falamos.
Que Ele, como o Divino Pastor, que asseverou que nenhuma de Suas ovelhas se perderia, espera que cada um de nós realize a sua parte, maior ou menor, para benefício da Humanidade inteira.
Pensemos nisso. Coloquemo-nos em ação.
Redação do Momento Espírita, com base na mensagem
Virá um dia, pelo Espírito Bezerra de Menezes,
psicofonia de Divaldo Pereira Franco, proferida no
Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro,
na noite de 22.9.2016.
Em 12.11.2016.
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