Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Meu nome é caridade

Sou emissária de Deus a toda a Humanidade.

Voo por sobre um ser resplandecente e puro,

Como voo a sorrir por cima de um monturo.

Desço das vastidões dentro das horas mudas.

Deixo Cristo na cruz para encontrar com Judas.

Amo os bons e protejo as almas vis e hediondas.

Ando por toda a Terra, ando por sobre as ondas do oceano a rugir sob meus pés de névoa, para levar a luz.

Com ansiedade eu a levo a quem, nas aflições, chama-me em altos brados.

Para mim, não existe a classe, a seita e as gentes.

Envolvo em meu amor a alma dos Continentes.

Atravesso o oceano e atravesso os países.

Vou onde haja a miséria e pranto de infelizes.

Sou o farol da legião dos pobres sofredores.

Levo sol, pão e luz, balsamizando as dores.

Conduzo a lúcida bandeira do bem, que ampara a dor e vela os sonhos da arte.

Amo o trabalho da ciência e amo a existência honesta do ingênuo lavrador, que, em vez do sono à tarde, enche com o seu trabalho as lindas manhãs claras.

E quando a tarde chega, produz a paz das searas.

*   *   *

Grande é a caridade!

Abraçá-la de uma só vez, com nossa vã compreensão, ainda se faz impossível.

Temos muito a descobrir sobre ela.

Dizer que a entendemos, que a observamos em todas suas cores, é o mesmo que olhar para uma noite estrelada e proclamarmos, orgulhosos, que conhecemos a Via Láctea!

Porém, se nos deixarmos conduzir por ela, suavemente, ela pode entrar em nossas vidas e tomar conta de uma maneira inimaginável.

Ela pode guiar nossos passos, inspirar nossos pensamentos, ações, palavras. Podemos entregar as decisões em suas mãos com plena segurança.

Respirando caridade não temos medo. Não temos medo da vida, não temos medo do outro, não temos medo da morte.

Ao respirar caridade o errar ainda será uma possibilidade, mas apenas aquela natural, dentro do processo educacional do ser. Não haverá o erro proposital.

Respirando caridade passamos a enxergar o mundo com outros olhos. Nada mais é meu. Nada mais é nosso. Tudo que é material é usufruto.

Respirando caridade o outro é parte de mim e eu sou parte do outro. estamos conectados, independente de nação, crença, raça ou gênero. Somos almas irmãs.

A benevolência nos faz estender as mãos: mãos carregando o pão que atende a fome; mãos levando o toque da esperança, da amizade, do amo você.

A indulgência dulcifica o julgamento e nos faz enxergar onde está a luz da alma que nos encontra pelo caminho.

Por fim, o perdão faz cessar o ódio tornando mais fácil a cicatrização das feridas. O perdão acalma e confia na Justiça Divina em primeiro lugar.

Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas. Eis a caridade para Jesus. Eis a caridade para nossos dias.

Pensemos nisso, agora. Ajamos assim, neste momento.

Redação do Momento Espírita, com base no poema Caridade,
pelo Espírito Guerra Junqueiro, do livro
Parnaso de além-túmulo,
por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. FEB.
Em 21.10.2016.

 

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